Prefeitura estuda proibir parar em mais 40 pontos

 

Mais restrições a estacionamentos poderão ser definidas ainda nas próximas semanas

Secretário anunciou que, a partir de abril, haverá mais fiscais para combater irregularidades nos corredores dos ônibus


DA REPORTAGEM LOCAL

Durante o anúncio do plano de ações para tentar reduzir os congestionamentos em São Paulo, o secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes, disse ainda haver estudos para a proibição de estacionamento e ajustes em corredores de ônibus em outros lugares.


Essas ações poderão ser anunciadas e definidas nas próximas semanas de forma gradual. O secretário afirmou que estão sendo feitas análises em aproximadamente 40 pontos.

O pacote de ontem não citou, por exemplo, a obra considerada mais estratégica pela cúpula da SPTrans (empresa municipal que cuida do setor) e que foi acertada nos últimos dias para começar nos próximos meses (porque depende ainda da contratação), no cruzamento das avenidas Rebouças e Brigadeiro Faria Lima, onde deve ser criado um segundo ponto de embarque para os ônibus.


Moraes se limitou a dizer que ela ainda está em análise e que "há estudos não só desse ponto [na avenida Rebouças], como de mais quase 40 pontos".

O presidente da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Roberto Scaringella, evitou manifestar uma expectativa enfática de redução significativa dos engarrafamentos. Afirmou que são "pequenas intervenções" que não significam "um programa de infra-estrutura, mas operacional".

A administração Kassab também não soube dizer, durante a tarde, a estimativa de custos das ações programadas.


Moraes declarou ontem avaliar que não existe necessidade de aumento da frota de ônibus na capital paulista para a melhoria do transporte coletivo.


O secretário anunciou também que, a partir de abril, haverá mais fiscais para combater irregularidades nos corredores dos coletivos -resultado de um concurso realizado em 2007.

Segundo a prefeitura, haverá a recuperação do pavimento em sete dos nove corredores de ônibus. Ela diz que as intervenções "beneficiarão os passageiros de 519 linhas de ônibus, que transportam, por dia útil, quase 5 milhões de usuários".


Algumas das ações previstas no pacote já tinham sido iniciadas ou prometidas em dias ou semanas anteriores. Por exemplo, as medidas que envolvem os coletivos na rua Clélia -e que começam já na segunda.

A via terá a inversão do lado da faixa de ônibus, da direita para a esquerda, na chegada à avenida Francisco Matarazzo -onde todos os ônibus precisam cruzar a pista hoje em dia.

O discurso dos técnicos é que mesmo as intervenções favoráveis ao transporte coletivo também devem ajudar no trânsito, tanto por favorecem quem quer deixar seu carro na garagem (e andar de ônibus) como por evitar a saída de ônibus das faixas exclusivas e as interdições de cruzamentos, por exemplo. (ALENCAR IZIDORO e JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)

 

 

Compartilhe este artigo