“Cai confiança nos órgãos públicos da cidade de São Paulo, diz Ibope” – Valor Econômico

 

Por Raphael Di Cunto

SÃO PAULO – Cresceu o número de moradores de São Paulo que não acreditam instituições públicas da cidade, de acordo com pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira pela Rede Nossa São Paulo, que reúne mais de cem entidades da sociedade civil. A Câmara Municipal apresentou a menor taxa de confiança, de apenas 28% dos entrevistados; seguido pelo Tribunal de Contas do Município, com 34%.

A prefeitura, administrada por Gilberto Kassab (PSD), ficou em terceiro lugar, com apoio de somente 35% dos entrevistados. Do total, 64% disseram não confiar no governo municipal e 2% não responderam. O percentual dos que disseram não confiar na prefeitura já foi menor. Em 2008, no primeiro ano da pesquisa, ficou em 46%. No ano passado, subiu para 52%.

Apenas 17% dos entrevistados avaliaram a gestão Kassab como boa ou ótima. Já 30% a consideram ruim ou péssima, a maior taxa desde 2008, quando a administração do prefeito tinha 12% de avaliação negativa e 46% de respostas positivas.

A nota média de satisfação do morador com a qualidade de vida no município foi de 4,9. Os itens transparência e participação política figuraram em último, com nota de 3,5, em uma escala de 1 a 10. A pesquisa avaliava como positiva a nota acima de 5,5, índice que só foi atingido por seis dos 25 itens pesquisados.

A avaliação negativa também contribuiu para aumentar para 56% o número de moradores que desejam sair da cidade, frente a 51% no ano anterior.

Também caiu a confiança dos paulistanos em relação à Guarda Municipal, à Polícia Civil, ao Poder Judiciário, Ministério Público, Polícia Militar, às empresas públicas de serviços municipais e estaduais e até ao Corpo de Bombeiros, que em 2011 tinha a confiança de 86% da população, contra 94% no ano anterior.

A pesquisa foi feita entre 25 de novembro e 12 de dezembro de 2011 com 1.512 moradores do município de São Paulo. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

(Raphael Di Cunto/Valor)

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