Pesquisa tentará identificar, por região, o que os moradores da cidade consideram mais importante para seu bem-estar
Resultado do trabalho, coordenado pelo movimento Nossa São Paulo, será divulgado no aniversário da cidade, em 25 de janeiro
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O que é mais importante para o morador de São Paulo: acesso à educação, morar perto de hospitais ou de bibliotecas, dormir bem, ter muito dinheiro e uma casa ou ter segurança?
Isso é o que o Movimento Nossa São Paulo pretende descobrir até setembro, quando termina a primeira fase da pesquisa Irbem (Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município). Trata-se de um índice que avaliará a qualidade de vida da população da cidade.
O projeto foi lançado ontem, durante um evento comemorativo do segundo aniversário da ONG, que reuniu, entre outros, palestrantes como a senadora Marina Silva (PT-AC), os economistas José Eli da Veiga e Ladislau Dowbor, além do filósofo Mário Sérgio Cortella.
Nessa primeira fase, a organização disponibilizará à população um questionário, preparado com a ajuda do instituto de pesquisas Ibope, a fim de identificar o que os paulistanos consideram o mais importante para seu bem-estar na cidade.
Com base nas respostas, a ONG decidirá o que vai compor o Irbem, que será divulgado no próximo aniversário de São Paulo, no dia 25 de janeiro.
Por exemplo: caso as pessoas selecionem como "muito importante" o quesito "segurança", o indicador poderá medir, por exemplo, qual é a porcentagem das pessoas que se sentem seguras no município. Se entre os itens mais escolhidos estiver "educação", será possível saber qual a porcentagem dos paulistanos que sentem que tiveram uma educação de qualidade.
O indicador possibilitará uma leitura por região da cidade, por faixa etária e por sexo.
O questionário será disponibilizado à população entre 15 de junho e 30 de setembro.
Áreas
Os participantes terão de dizer qual o grau de importância de dão a 49 itens, nas áreas de educação, saúde, cultura, mobilidade, acessibilidade, meio ambiente, relações humanas, beleza e desigualdade.
Há itens como "sua casa" e "seu bairro", "família", "amigos", "alfabetização", "proximidade de teatros", "qualidade do sono", entre outros.
O questionário estará disponível no site do Nossa São Paulo e também será distribuído em escolas municipais, faculdades, associações de bairro, empresas e nas 600 organizações filiadas ao movimento.
"A ideia é que a sociedade diga o que é importante", diz Oded Grajew, coordenador da secretaria executiva do Nossa São Paulo. "Vamos fazer com que a cidade de São Paulo seja avaliada, administrada e vivida com a dimensão de uma melhor qualidade de vida à população", afirma Grajew.
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