“População paulistana deve se estabilizar nos próximos anos” – Portal G1


Levantamento do Seade mostra envelhecimento da população. Mulheres continuam a ser maioria na cidade.

Bruno Azevedo do G1, em São Paulo

A população de São Paulo está próxima de se estabilizar. De acordo com um levantamento demográfico feito pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), enquanto na década de 1950 a população crescia 5,58%, agora a expansão é de 0,58% anuais.

“A população paulistana tende a se estabilizar ao longo da próxima década. As mulheres estão tendo menos filhos e a migração já é negativa. As oportunidades estão disseminadas pelo país e São Paulo já não atrai tanto quanto antes”, comenta a demógrafa do Seade, Bernadete Waldvoguel. A taxa de fecundidade caiu de 94 para 57 nascidos vivos para cada mil mulheres entre 15 e 49 anos de 1950 para cá.

Para traçar o perfil demográfico da capital, o Seade reuniu informações de seu banco de dados e de cartórios civis. De acordo com a fundação, São Paulo tem cerca de 11 milhões de habitantes, concentrando 5,7% da população brasileira. A maior cidade do país responde por 12% do Produto Interno Bruto brasileiro e por mais de 35% de toda a riqueza gerada no estado de São Paulo. Segundo o Seade, o PIB paulistano é superior a qualquer estado brasileiro, com exceção do estado de São Paulo.

“Há uma mudança radical no perfil do paulistano. A população ao fim da primeira década do século 21está mais madura. Já não somos tão jovens”, conta Bernadete. Em 1950, havia 18 idosos (acima de 60 anos) para cada cem jovem (até 15 anos). Hoje, a relação é de 49 para cada cem. A idade média dos habitantes da capital passou de 27 anos, em 1950, para 33 agora em 2010.

A demógrafa lembra ainda que as pessoas estão se casando mais velhas e formalizando menos as uniões. Antes, em 1950, para cada mil habitantes, nove se casavam por ano. Agora, para cada mil são seis uniões civis formalizadas. Em 1950, os homens casavam-se, em média, com 27 anos e as mulheres, com 24. Agora, a média é de 32 para os homens e de 29 para as mulheres.

As mulheres continuam sendo a maioria dos paulistanos. Hoje, há 100 mulheres para cada 90 homens. Em 1950, a relação era de 100 mulheres para cada 97 homens.

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