Cerco à poluição urbana

 

Fonte: Edição Bom dia Brasil – 05/10/2007

As metrópoles brasileiras estão investindo no combate à poluição. As punições para quem descumpre as leis ambientais podem ficar ainda mais pesadas. Em Belo Horizonte, os fiscais estão de olho.

O excesso de carros, caminhões e ônibus é um dos piores problemas das maiores cidades do mundo. No Brasil, não é diferente. As metrópoles estão investindo no combate à poluição. As punições para quem descumpre as leis ambientais podem ficar ainda mais pesadas.

Na maior metrópole do Brasil, a fumaça escapa do controle, formada em grande parte por gases poluentes emitidos por ônibus, caminhões, carros e motos. São Paulo tem cinco milhões de veículos – um para cada dois habitantes.

Acabar com a poluição parece impossível. Um programa de inspeção veicular que pode ajudar aguarda a regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) para ser implantado no município. No Rio de Janeiro, a vistoria anual já é obrigatória. A partir do ano que vem, será mais rígida. Carros irregulares poderão ser recolhidos.

Em Belo Horizonte, os fiscais estão de olho. Uma escala impressa em papel permite saber quem está infringindo a lei ambiental. Os veículos autuados recebem selos de identificação classificados por cores. Em caso de reincidência, o adesivo é trocado, e a multa aumenta de valor.

A partir da terceira autuação, os fiscais já podem tirar o veículo de circulação. Uma van atingiu o grau máximo de poluição. Recebeu multa e o primeiro selo.

“O senhor não vai deixar ninguém retirar esse adesivo. A retirada do adesivo vai incorrer em multa”, orienta a fiscal de trânsito.

“Quando eu acelero, eu não vejo lá atrás. Vou mandar arrumar o veículo”, prometeu o motorista Marcelo Augusto Santos.

Os veículos acima de 15 anos são os que mais poluem. O motorista Maxwel Raimundo de Souza recebeu uma advertência.

“Eu sei que está precisando mexer no motor. O carro estava parado. Vou arrumar”, disse o motorista.

“Falta de manutenção implica em maior consumo de combustível, em problemas com a segurança, inclusive, do veículo, visibilidade no trânsito e poluição do ar”, aponta a gerente de controle poluição veicular de Belo Horizonte, Bernadete Carvalho Gomes.

O dono empresa Arnaldo Domingues Caldeira.

Arnaldo Domingues Caldeira, dono de uma companhia de ônibus, não quis se arriscar. Converteu a frota para o biodiesel.

“Hoje a poluição dos nossos carros é praticamente zero”, comentou.

Uma transportadora, a tecnologia é usada para monitorar as emissões. Cada veículo aprovado recebe um certificado ambiental. O gasto extra foi compensado por novos contratos. São clientes que exigem trabalhar com quem respeita a natureza.

“É um benefício para todo mundo. Acho que a preocupação hoje é com essa questão de aquecimento global. A empresa que não se preocupar com a questão ambiental tende a ser deixada de lado”, acredita o gerente da empresa Fernando Mio.

 

 

 

 

 

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