Fortaleza dá o exemplo

 

Fonte: Bom Dia Brasil – 02/10/2007

A regra do Código Nacional, talvez a mais simples de todas, não é respeitada. Na capital cearense, o respeito ao pedestre está na lei e nas ruas. Um trabalho voluntário está mudando os hábitos dos cidadãos.

Outra preocupação que vem do trânsito: a segurança na travessia de pedestres. A regra do Código Nacional, talvez a mais simples de todas, não é respeitada. Em Fortaleza, um trabalho voluntário está mudando os hábitos dos cidadãos.

De uma calçada para outra, é um grande desafio. “Todos os horários são assim. A gente fica dividindo o espaço com os carros”, conta a educadora Vanda Granjeiro.
Veja o comentário de Alexandre Garcia
Com a pintura da faixa apagada, pedestre e motorista travam um duelo constante.

“É difícil. A gente tem que driblar os carros. A possibilidade de acidentes é muito alta”, diz o engenheiro Juan Nunes.
Mesmo onde está visível, a sinalização parece não ser notada por quem está dirigindo. Trata-se de uma prova de paciência para quem atravessa a avenida.

Com os pés na faixa, o pedestre tem prioridade para a travessia, e o motorista deve esperar até que ele chegue ao outro lado na rua. Está no Código Nacional de Trânsito. Mas quando a lei é obedecida, chega a causar surpresa. Na Avenida Beira-Mar, cartão postal de Fortaleza, a faixa é mesmo do pedestre.

“Na primeira vez que fui atravessar, eu fiquei impressionada. A gente se surpreende, porque isso ai a gente não vê muito”, comenta a professora de inglês Ana Paula de Almeida.
A situação se repete no aeroporto: lei respeitada, pedestre tranqüilo. “Toda vida que eu atravesso, eles param”, comenta a comerciante Antônia Torres.
No aeroporto, a fiscalização dos agentes de trânsito é permanente. O motorista que não respeita a faixa recebe a multa prevista no Código de Trânsito de R$ 85,13 e é punido com sete pontos na carteira.

“Os guardas estão aí, mas tem aqueles apressadinhos que vão em frente”, aponta o taxista Laurindo Alves.
Na Beira-Mar, foram as campanhas educativas que conscientizaram os motoristas. Grupos de voluntários são treinados pelo departamento de trânsito para orientar a travessia nos locais de grande circulação de pedestres. E eles sentem orgulho por contribuir com esta mudança de comportamento nas ruas.

“Amanhã aquele que está passando pode estar no volante e aquele motorista estar passando na frente. Então, requer muita educação e requer respeito um com outro”, finaliza o segurança Nilton César de Castro.

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