Prefeitura lança plano de manejo de árvores e faz parceria para agilizar podas

Plano Intensivo de Manejo Arbóreo (PIMA) terá como objetivo reduzir o risco de quedas de árvores durante o período de chuva. Convênio com a AES Eletropaulo vai desburocratizar podas e remoções

Por Secretaria Executiva de Comunicação

A Prefeitura de São Paulo lançou na quarta-feira (26) o Plano Intensivo de Manejo Arbóreo (PIMA), que tem como objetivo otimizar ações como podas, remoções e plantio de árvores para reduzir o risco de quedas de espécies nas vias da cidade durante o período de chuvas. As ações serão concentradas em regiões consideradas críticas, onde ocorrem mais quedas de acordo com um levantamento realizado pela administração.

Com base no Sistema de Gerenciamento das Árvores Urbanas (SisGau), que tem 650 mil exemplares mapeados, as equipes municipais serão reforçadas para aprimorar as vistorias técnicas nas árvores nestas regiões e também para intensificar as ações das equipes de trabalho na solução dos eventuais problemas verificados nas espécies. O plano, que terá início na próxima terça-feira (1º), também pretende agilizar o atendimento de demandas da população paulistana feitas pelo Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC), diminuindo o tempo de resposta às reclamações.

"Estamos buscando alternativas de racionalização dos procedimentos e demos um inédito e grande passo para integrar e reforçar as equipes. Isso vai melhorar muito o manejo arbóreo da cidade de São Paulo", destacou o prefeito Fernando Haddad.

O PIMA focará suas ações nas subprefeituras da Sé, Pinheiros, Butantã, Santo Amaro, Vila Mariana, Ipiranga, Lapa e Mooca, que juntas têm 42% das árvores do viário paulistano, mas respondem por 62% das quedas registradas no últimos dois anos. As oito subprefeituras também correspondem a 44% das demandas do SAC. 

"As demais subprefeituras vão continuar atendendo solicitações que chegam de forma individualizada. Casos de emergência também continuarão sendo atendidos normalmente. Não existe ainda uma mudança geral do padrão, [no entanto] depois do período de chuvas, nós vamos fazer uma avaliação técnica da experiência nessas oito subprefeituras e aí sim poderemos examinar se teremos condições de fazer uma mudança de padrão em toda a cidade", afirmou Nádia Campeão, vice-prefeita e coordenadora do Comitê Integrado de Subprefeituras (CIS).

As vistorias técnicas para podas e eventuais remoções a cargo do PIMA serão avaliadas por engenheiros agrônomos da Prefeitura e se darão, nas subprefeituras já identificadas, prioritariamente nos logradouros com maior incidência de queda de árvores, com o maior índice de reclamações ou em vias principais. 

Durante a apresentação do plano, o prefeito Fernando Haddad lembrou que, independentemente do trabalho que será realizado, eventos imprevisíveis poderão ocorrer. Ele citou a tempestade que atingiu a cidade na madrugada do dia 29 de dezembro de 2014, quando ventos de quase 100 km/h derrubaram centenas de árvores. 

Segundo Haddad, a partir da análise realizada por um grupo de trabalho montado para a análise de amostras dos exemplares que caíram naquela data, constatou-se que cerca de 80% das espécies estavam saudáveis e não possuíam qualquer indicação para a sua remoção. Ao longo de todo o ano de 2014, foram registradas 2.163 quedas de árvores. As ocorrências registradas nos últimos dias do ano, porém, representaram mais de 20% do total

Com R$ 4 milhões de investimentos, a iniciativa vai contar com 36 especialistas entre agrônomos e biólogos, 28 estagiários e 40 equipes de trabalho de poda, remoção e plantio. O planejamento contará ainda com o apoio de outros órgãos, tais como as secretarias municipais de Governo, Coordenação das Subprefeituras, do Verde e do Meio Ambiente, de Serviços, de Transportes e de Comunicação, além das próprias subprefeituras e da AES Eletropaulo. A previsão de vigência é até 15 de dezembro.

Convênio com AES Eletropaulo

A Prefeitura firmou também uma parceria com a concessionária AES Eletropaulo. Com duração de dois anos, o convênio cria um procedimento para manejos de espécies que possam interferir na rede elétrica, causa apontada como responsável por cerca de 50% das interrupções do fornecimento de energia na cidade. 

A parceria abrange as 32 subprefeituras da cidade e agiliza a execução do serviço na cidade. O acordo prevê que a concessionária faças podas ou remoções de árvores apontadas pelo município, com uma autorização única e anual, e não mais árvore por árvore pedida para a subprefeitura. Atualmente, a Eletropaulo só pode iniciar os trabalhos de reparos na rede elétrica após a realização da poda ou retirada das árvores pela administração municipal. 

"No plano geral, nós estamos multiplicando por dois a nossa capacidade de poda e remoção com essa desburocratização. Na prática, nós precisávamos de algo em torno de 6 anos de meio para fazer o ciclo das 650 mil árvores no viário. Nós estamos reduzindo pela metade esse ciclo com essa parceria com a Eletropaulo. Ela está praticamente dobrando a sua capacidade de atendimento, e estamos dobrando o nosso potencial de atuação e a velocidade de atendimento", afirmou o prefeito.  

De acordo com o convênio firmado, a AES Eletropaulo deverá enviar à Prefeitura até novembro deste ano o cronograma de podas necessárias para o próximo ano. As podas não incluídas no plano anual serão feitas por um pedido emergencial ao município.

"Nós temos a previsão de fazer no município de cerca de 200 mil podas. Se temos 650 mil árvores cadastradas no viário, estamos falando de um terço dessas árvores de programação anual que está relacionada à qualidade do fornecimento da energia elétrica no município de São Paulo. A efetividade dessa parceria nos permite prover um serviço melhor para a população, uma vez que vamos reduzir a interferência das árvores com a rede elétrica, de maneira ordenada e coordenada com a Prefeitura", disse Britaldo Soares, presidente da AES Eletropaulo. 

O termo de parceria prevê ainda que, em até 180 dias, a concessionária deve zerar o estoque de solicitações pendentes da Prefeitura, e as novas solicitações devem ser atendidas em até 90 dias.

Matéria publicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.
 

 

Compartilhe este artigo