“Haddad apresenta cem metas para cumprir até 2016” – Valor Econômico

Cristiane Agostine
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), apresenta nesta terça-feira cem metas que deverá cumprir até o fim de seu mandato, em 2016. O custo das metas é estimado em R$ 23 bilhões. O prefeito manteve as principais promessas de campanha e de seu plano de governo, como a implementação do Bilhete Único Mensal, o fortalecimento das subprefeituras, a construção de três hospitais, a criação de 150 km de corredores de ônibus  e incentivos fiscais para a zona leste e para o extremo da zona sul.
No entanto, em algumas propostas não há o detalhamento feito durante a campanha, como no caso do Bilhete Único Mensal. Durante o período eleitoral e em seu programa de governo, Haddad prometeu criar esse bilhete com o custo máximo de R$ 140 mensais (R$ 70 para estudantes). No plano de metas, não há valores, apenas o comprometimento de criação de novas modalidades do Bilhete Único: diária, semanal e mensal.
O plano de metas não traz a promessa de dar apoio financeiro ao metrô, a partir de metas pactuadas com o governo do Estado. Também não registra o compromisso de acabar com a taxa de inspeção veicular, com a reformulação do modelo de inspeção. Apesar disso, o projeto para mudar a inspeção veicular já foi enviado pelo Executivo à Câmara Municipal e aprovado pelos vereadores.
Há ainda outras promessas que ficaram fora do plano como a criação do Procon paulistano, a criação de uma rede pública de bicicletas com empréstimo compartilhado integrado ao Bilhete Único e internet pública em toda a cidade. No caso da internet, o plano de metas diz que a prefeitura fará 42 áreas de conexão wi-fi aberta, com estabilidade de sinal.
Haddad traz em suas metas a promessa de parcerias com os governos federal, da presidente Dilma Rousseff, e do estadual, comandado por Geraldo Alckmin (PSDB). Um exemplo é a construção de 243 centros de Educação Infantil – 71 com o governo estadual e 172 em parceria com a gestão federal.
Na educação, o plano de metas prevê a criação de 20 novos Centros Educacionais Unificados (CEUs) e a implantação de  32 polos da Universidade Aberta do Brasil e a construção de em parcerias com os governos do Estado e federal. Haddad não se compromete em zerar o déficit de vagas em creches, porém diz que ampliará em 150 mil a oferta de vagas para a educação infantil e que atenderá a demanda declarada por creche no primeiro dia de seu mandato. Na saúde, prevê a criação de 1 mil leitos.
O plano de metas prevê a criação da 32ª subprefeitura, de Sapopemba, na zona leste. Na tentativa de fortalecer as subprefeituras, o prefeito planeja formar conselhos participativos em cada uma das unidades.
Haddad é o segundo prefeito a apresentar metas para sua gestão. Seu antecessor, Gilberto Kassab (PSD) apresentou 223 metas e cumpriu 123, pouco mais da metade (55,1% do total). O ex-prefeito, no entanto, afirmou ter atingido um “índice de eficácia” de 81% dos compromissos de sua gestão.
A apresentação do plano de metas em São Paulo tornou-se obrigatória a partir da aprovação de uma emenda à Lei Orgânica do Município, em 2008. Com isso, o prefeito tem de apresentar em até 90 dias depois de sua posse o programa de metas para os quatro anos da gestão. A proposta foi idealizada pela Ong Rede Nossa São Paulo.
Não há punição legal prevista para o prefeito que não cumprir 100% das metas. No entanto, a realização das promessas tende a ser explorada nas campanhas eleitorais, a exemplo de 2012.
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