SP prepara substitutos para ônibus a diesel – jornal Metro São Paulo

 

Secretaria dos Transportes testa modelo elétrico que é recarregado quando passa por ponto de ônibus. Modelo passará por avaliação a partir do primeiro semestre do ano que vem

De olho nos prazos previstos na Lei de Mudanças Climáticas, aprovada no ano passado, a Secretaria Municipal dos Transportes já estuda tecnologias que irão substituir os ônibus movidos a diesel. Em 2018, os 11 mil veículos da capital têm de ser trocados por modelos abastecidos com combustíveis renováveis.

A principal aposta da secretaria é um novo modelo de ônibus elétrico, cuja bateria é recarregada nos pontos de ônibus em no máximo 20 segundos. Dois trólebus que já circulam na cidade foram enviados para o consórcio responsável pelo desenvolvimento do sistema. Os testes com o “modelo de carga rápida” devem começar no primeiro semestre de 2012.

O projeto, ainda em fase de elaboração, se baseará na tecnologia dos trólebus. A diferença é que esses ônibus não terão as hastes que coletam a energia da rede aérea, que alimenta e impulsiona os veículos. “Haverá uma antena para captar a eletricidade. Em cada parada será colocada uma base de recarga. Com isso, os ônibus andarão mais dois pontos, onde serão reabastecidos em até 20 segundos”, explica Márcio Schettino, assessor de assuntos ambientais da secretaria dos Transportes.

Além do sistema elétrico, quatro ônibus híbridos são testados na linha 724-A (Butantã/Aclimação). Segundo a Secretaria dos Transportes, eles emitem até 90% menos poluentes do que o modelo a diesel.

Na avaliação de Jaime Waisman, especialista em transporte, o modelo elétrico é a melhor escolha, já que ele é o único que efetivamente não emite poluentes. “É uma tecnologia mais cara e, por isso, mais difícil de ser colocada em prática”, diz Waisman.

“Mais importante agora é controlar a poluição dos carros e das motos. Os dois são os que mais prejudicam o ar da cidade.” JAIME WAISAMAN, ENGENHEIRO

Trólebus passará por reforma

Até o início do ano que vem, a rede aérea de Trólebus começa a ser modernizada. Uma empresa será contratada para realizar os serviços, que devem durar cerca de três anos. A prefeitura prevê fechar o contrato de modernização até o fim do ano.

A malha aérea é antiga, com cerca de 40 anos, e, por isso, passará por reparos. “Temos problemas em alguns pontos da rede por estar desgastada. A troca do cabeamento é importante para evitar que a alavanca (haste que conecta o coletivo à eletricidade) não escape”, diz o assessor de assuntos ambientais da pasta, Márcio Schettino.

Com a modernização da rede, a ideia é ampliar a frota de trólebus, que atualmente conta com 200 veículos. Hoje, o sistema opera em 13 linhas, a maioria ligando a zona leste ao centro. A viação Himalaia é quem opera o sistema na cidade.

 

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