Sindicato diz que baixa demanda e necessidade de obras inviabilizam uso de combustível antes de 2015
O uso de um modelo de diesel mais limpo a partir de janeiro do ano que vem pode ficar só para 2015, no que depender dos postos de combustíveis.
Segundo os empresários, para substituir o S-500, que emite 500 partes por milhão de enxofre, pelo S-50, que emite 50 partes, será preciso um prazo mínimo de quatro anos e ainda aguardar um aumento de demanda pelo produto.
A data limite para uso do S-50 foi definida após acordo entre a Petrobras, a ANP (Agência Nacional de Petróleo) e as montadoras.
No entanto, o Sincopetro, sindicato que representa os donos de postos, diz que não foi ouvido durante as negociações e afirma que será impossível cumprir o prazo determinado, muito menos o uso do S-10, modelo já utilizado na Europa e nos EUA, a partir de 2013.
Segundo o presidente da entidade, José Alberto de Paiva Gouveia, o custo para adaptação das bombas, que pode chegar a R$ 70 mil, não será compensado devido à baixa demanda pelo combustível limpo, já que somente a frota em circulação utiliza o S-500.
Além disso, Gouveia afirma que a troca de bombas só ocorre com autorização da prefeitura e da Cetesb, o que torna ainda mais difícil cumprir os prazos determinados pelo MPF.
Histórico
O uso de um diesel mais limpo em todo o país foi definido em resolução emitida pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), em 2007. A versão S-50 seria obrigatória em janeiro de 2009.
No entanto, empresas do setor automobilístico e a Petrobras pediram para adiar esse prazo para janeiro de 2012.
DAVI.FRANZON @METROJORNAL.COM.BR
