Fotos: Rogério Ferro
Ana Fisch ana@isps.org.br
Dezenas de pessoas se acomodaram na Rua Padre João Manoel, quase esquina com a Avenida Paulista, na manhã dessa quarta-feira, dia 22 de setembro. Isso porque, em função do Dia Mundial sem Carro, um tapete de grama, mesas, cadeiras, sofás e pufes foram colocados para decorar o espaço ocupado por três vagas de automóveis.
A vaga viva, como é chamada a manifestação, tem como objetivo ocupar o espaço originalmente reservado aos automóveis e transformá-lo em um lugar de convivência, reflexão e questionamento sobre a estrutura da cidade, voltada para os carros. Além disso, a ocupação dessas vagas mostra que a cidade pode ter um redimensionamento do seu espaço. “Podem existir lugares reservados a bicicletas e pedestres ao mesmo tempo que se impulsione uma mudança cultural, que é a revalorização do espaço público de forma mais equilibrada”, afirmou Maurício Broinizi, coordenador da secretaria executiva do Nossa São Paulo.
Pela manhã, muitos ciclistas participaram de um café da manhã na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista. Os organizadores forneceram sanduíches, frutas e barras de cereais a todos que utilizaram a bicicleta como meio de transporte.
Frases de participantes
“O Dia Mundial Sem Carro dá visibilidade aos problemas de mobilidade da cidade de São Paulo. O Nossa São Paulo e o coletivo Dia Mundial Sem Carro tentam apontar caminhos e cobrar uma atitude da prefeitura em relação a isso.”
Victor Teramoto, publicitário
“O espaço público que é privatizado para uma esmagadora minoria estacionar o carro se transforma em um espaço agradável de se parar, conversar, ser cidadão, onde se revitaliza as relações humanas.”
Renata Falzoni, jornalista.
“É uma forma de viver a cidade e experimentar, ao invés de somente passar. Se você fica na vaga viva as pessoas perguntam, conversam, interagem, é a recuperação da praça pública. Mais que um espaço a menos para o carro, é um espaço a mais para a convivência.”
Vitor Leal Pinheiro
