Lideranças e moradores da Zona Leste participam de encontro com candidatos à Prefeitura

 

Cerca de 500 pessoas – lideranças comunitárias, representantes de organizações da sociedade civil e moradores da Zona Leste – tiveram oportunidade de conhecer de perto oito candidatos à Prefeitura de São Paulo. O encontro com os candidatos ocorreu nesta segunda-feira (18/08) em evento na Penha promovido pelo Movimento Nossa Zona Leste II e o Movimento Nossa São Paulo. Os 11 candidatos foram convidados e oito participaram do encontro: Ciro Moura (PTC), Edmilson Costa (PCB), Geraldo Alckmin (PSDB), Gilberto Kassab (DEM), Ivan Valente (PSOL), Renato Reichmann (PMN), Sonia Francine (PPS). Marta Suplicy (PT) não pode comparecer por motivo de saúde e foi representada pelo candidato a vice pela mesma chapa, Aldo Rebelo.

Os convidados receberam documentos com propostas de políticas públicas para o próximo mandato de 40 organizações da Zona Leste II (Itaim Paulista, Cidade Tiradentes, Guaianazes, Itaquera, São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo, Penha).

Além disso, o padre Antônio Marchioni (conhecido como Padre Ticão), religioso com atuação em Ermelino Matarazzo, fez quatro perguntas aos candidatos sobre educação, saúde, geração de trabalho e renda e o Programa de Metas (emenda 30 à Lei Orgânica do Município). As perguntas também foram elaboradas pelas lideranças das organizações envolvidas na organização do evento.  Todos os candidatos tiveram a oportunidade de responder as questões, em tempos iguais.

Veja as propostas conjuntas do Movimento Nossa Zona Leste II


Alguns destaques das falas dos candidatos:

Educação:

Reichman: “Uma coisa eu garanto: não vai ser no meu turno de guarda que eu vou virar para uma criança de três, quatro anos de idade e falar ‘eu vou rifar seu futuro porque eu tenho que tapar um buraco na rua, não existe essa hipótese. Então, vai ter um buraco a mais na rua, mas vai ter uma criança a mais na escola.’

Kassab: “Até o final do ano, tendo concluído o programa de construção de escolas teremos eliminado o turno da fome em 100% das escolas da cidade de São Paulo. A meta é fazer com que os alunos fiquem sete horas por dia nas escolas. Com relação a creches, com o programa de parceria público-privada e com os investimentos previstos, na próxima gestão será zerada a fila de creches na cidade de São Paulo.”

Ciro Moura: “Eu quero discutir a ação do Estado na operação da educação, se não nunca mais nós vamos conseguir acompanhar o crescimento da cidade. Integrar,  estudar o credenciamento de escola privada em convênio com a prefeitura, já que ela não consegue com seu próprio atender a educação. É o conceito sobre o Estado operador de educação. Ele te obrigação sim e tem que cumprir.”

Saúde:

Ivan Valente: “Concordo com a maioria das reivindicações aqui colocadas pelo Movimento da Zona Leste II e entendo que o nosso problema é de plenitude de saúde. Por isso a proposta é aplicar lei 8080 que regulamenta o SUS e aplicar a lei 8142 que deu autonomia ao movimento popular de saúde para deliberar sobre o movimento de saúde a aí sim vamos universalizar a saúde e garantir atendimento público de qualidade universal.”

Aldo Rebelo: “Aqui na Zona Leste nós temos problemas comuns mas também distinções quanto às iniciativas que o poder público precisa melhorar nas questões de saúde. Em alguma regiões a necessidade maior é o atendimento de policlínicas, em outras a ampliação das unidades básicas de saúde em outras a ampliação do programa de saúde da família. A nossa coligação tem esse compromisso com a saúde pública.”

Soninha: precisamos de esforços do tipo mutirão para acabar com as emergências, Precisamos identificar algumas áreas em que é imprescindível e possível realizar mutirões de exames diagnósticos, de pequenas cirurgias para dali por diante o sistema começar a funcionar com prazos aceitáveis. E o que precisamos fazer tanto para o mutirão quanto para organizar o sistema melhor daqui por diante é identificar exatamente o que falta em cada região.”

Edmilson:
“A saúde foi mercantilizada no Brasil, no Estado e na cidade. A saúde foi terceirizada, nós achamos que a terceirização é uma privatização por dentro. E os comunistas entendem que a gestão pública é melhor que a gestão privada. Por que a gestão pública visa atender a população e a privada visa o lucro. Com essa visão é que a governança comunista vai implantar os conselhos populares de saúde, reunindo a população para avaliar as prioridades e aplicação dos recursos.”

Alckmin: “A primeira coisa que eu pretendo fazer é promover saúde. Pretendo colocar nas praças, nas áreas verdes a academia do povo. Chamar o jovem, a prefeitura vai pagar faculdade para ele e ele vai ser o nosso monitor. Depois, melhorar o atendimento primário. Criar os centros de especialidades e junto a eles  os centros de referência do idoso. E os hospitais de referência.”

 

 

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