Desigualdade nas estruturas de calçadas e vias é destaque em debate sobre mobilidade

Encontro virtual contou com a participação de especialistas para falarem sobre resultados da pesquisa Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana

No último dia 22, a  Rede Nossa São Paulo realizou um debate online sobre a edição de 2021 da pesquisa “Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana”. No encontro, Patrícia Pavanelli, do Ipec, Mariana Gianotti, professora da Escola Politécnica da USP e coordenadora a área de Transferência Tecnológica do CEM, Centro de Estudos da Metrópole (CEM-Cepid/FAPESP), e Ricardo Teixeira, atual secretário Municipal de Mobilidade e Trânsito, falaram sobre alguns destaques do levantamento.

A pesquisa foi realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria. Saiba mais.

Durante o encontro virtual, Patrícia Pavanelli falou sobre a metodologia das pesquisas de percepção e da importância desses levantamentos para a construção de ações e políticas públicas. Mariana Gianotti reiterou o ponto de vista. Para ela, as pesquisas de percepção são fundamentais para a escolha de onde medir os dados e do que devemos olhar.

Mariana afirma que “documentar melhor, quantificar melhor” é essencial para que a verba possa ser usada a partir de um “estudo empírico, olhando para dados, para que a gente possa de fato apontar para a redução da desigualdade”.

A engenheira destacou também as desigualdades nas calçadas e nas estruturas cicloviárias na cidade de São Paulo, são desigualdades que “se acumulam”. As pessoas mais ricas moram mais perto de calçadas mais adequadas e mais perto das estruturas cicloviárias.

Recentemente, o CEM lançou um estudo que traz que, quanto maior a quantidade de deslocamentos a pé, menores são as larguras medianas de calçadas, sendo que as periferias, em especial as zonas Norte e Leste, possuem maior proporção de calçadas inadequadas com largura inferior ao mínimo.

Já o secretário Ricardo Teixeira enfatizou que é importante olhar não apenas para as grandes obras, e que é possível usar “pouco dinheiro para ganhar fluidez no transporte público”, fazendo “intervenções cirúrgicas que dão grandes ganhos”, para além de corredores e faixas de ônibus.

Confira o evento na íntegra.

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