Prefeitura ouvirá população para expandir internet grátis em praças

Consulta pública foi lançada quarta-feira (18) e cidadãos podem sugerir novos espaços para ganhar sinal de wi-fi gratuito a partir de 2016. Atualmente 120 locais já são beneficiados pelo WiFi Livre SP

Por Secretaria Executiva de Comunicação

A Prefeitura de São Paulo abriu na tarde desta terça-feira (18) a consulta pública para a expansão do programa WiFi Livre SP. Por meio da plataforma Gestão Urbana, o cidadão pode sugerir, nos próximos 45 dias, praças e parques da cidade de São Paulo que poderiam ganhar sinal de internet banda larga gratuita 24 horas, inclusive enviando fotos da área. Poderão ainda apoiar locais indicados por outros paulistanos para se somarem aos 120 pontos que já estão em operação na cidade. A apresentação do programa de expansão aconteceu no auditório do Edifício Matarazzo, onde mais de 100 pessoas puderam esclarecer dúvidas sobre o processo participativo.

“Quando pensamos na expansão, não achamos correto que eu, o prefeito ou os vereadores designassem onde serão implementados os novos pontos. É lógico que todas essas personalidades e instituições têm autoridade e são importantes para a indicação, mas queremos democratizar, ouvir a população e ver o que vocês podem sugerir”, afirmou o secretário municipal de Serviços, Simão Pedro.

“Algo fundamental é a indicação desses locais pela comunidade, ou seja, enquanto não conseguimos chegar a todas as praças e parques, saber quais são as mais importantes do ponto de vista da população. Quais são as praças que conectam mais os bairros, quais são mais acessíveis, e essa consulta à comunidade é muito importante”, disse a vice-prefeita Nádia Campeão.

Ao contrário dos 120 locais beneficiados na primeira etapa, que recebem mais de 2,5 milhões de acessos por mês, o programa de expansão não será feito com recursos públicos. Serão realizadas parcerias com a iniciativa privada, sem custos aos cofres municipais, em troca de contrapartidas como intervenções publicitárias dos parceiros nos locais beneficiados e melhorias na estrutura da praça ou parque, como a instalação de novos mobiliários urbanos como bancos com tomadas para carregar smartphones e lixeiras subterrâneas. 

Os novos pontos deverão contemplar ao menos uma localidade por subprefeitura, priorizando as regiões com baixo acesso à internet. Durante a consulta pública, também será permitido o cadastro voluntário de agentes promotores de intervenções urbanas interessados em participar do projeto.

“A ideia é ter não só o wi-fi, mas um mobiliário urbano que permita um melhor uso da praça, porque às vezes há o sinal, mas o cidadão não tem uma tomada para recarregar o celular. Ou tem o wi-fi, mas não o banquinho para ele sentar. Então, existem uma série de possibilidades de intervenções que podemos fazer, desde intervenções artísticas, como o grafite, até paisagísticas, como uma horta ou um brinquedo para crianças”, disse João Cassino, coordenador de Conectividade e Convergência Digital.

Os modelos de negócios e como se darão as parcerias também são objetos da consulta pública ao cidadão paulistano. O município também garantirá o envolvimento da iniciativa privada nas discussões sobre o modelo de parceria. Os debates com as empresas estão acontecendo com a supervisão da empresa de fomento São Paulo Negócios (SP Negócios).

Após a sistematização das sugestões durante a etapa de participação popular, a expectativa é que, em janeiro de 2016, seja publicado um primeiro chamamento público de um projeto piloto, com os dez primeiros locais que receberão a expansão do programa. A última etapa, abrangendo as demais localidades, deverá ser executada ao longo do primeiro semestre do próximo ano.

“Nós da São Paulo Negócios acreditamos que essa expansão será um sucesso absoluto, porque há uma comunhão muito clara de interesses da população e dos parceiros privados. Nós já temos potenciais candidatos aos patrocínios de algumas praças, ou seja, há interessados. Agora é importante ouvir a população sobre a escolha das praças e os tipos de intervenções”, afirmou Rodrigo Pirajá, diretor-presidente da SP Negócios.

WiFi Livre SP

A expansão do Programa WiFi Livre SP é coordenada pela Secretaria de Serviços em parceria com diversos órgãos da administração municipal, entre eles as secretarias do Verde e Meio Ambiente e de Coordenação das Subprefeituras, que darão apoio na priorização e gestão dos parques e praças que receberão a iniciativa. O WiFi Livre SP é um programa que visa tornar a internet banda larga acessível ao usuário, em locais públicos de grande circulação de pessoas na cidade, entre praças e parques, além de promover a ocupação desses espaços.

Implantado em janeiro de 2014, o Programa WiFi Livre já está presente em 96 distritos e nas 32 subprefeituras da cidade, oferecendo uma velocidade de conexão individual e efetiva de 512 Kbits/s. Mensalmente, são registrados, em média, 20 mil acessos em cada uma das praças. Os 120 pontos existentes estão distribuídos da seguinte forma: 23 na região central, 18 na zona norte, 36 na leste, 28 na sul e 15 na zona oeste.

A plataforma para a participação popular foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU).

Matéria publicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.
 

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