Controladoria terá operação de tolerância zero à corrupção

Equipe especializada investigará pequenos delitos para prevenir a formação de quadrilha

Por Secretaria Executiva de Comunicação

Uma equipe formada por 10 agentes de inteligência trabalhará na Controladoria Geral do Município para implantar uma política de tolerância zero à corrupção na Prefeitura de São Paulo.  As investigações serão focadas em pequenos delitos. A contratação não terá oneração aos cofres públicos, uma vez que os agentes serão emprestados pelo Ministério Público. Em entrevista coletiva nesta terça-feira (10), o prefeito Fernando Haddad afirmou que se trata de um trabalho que previne a formação de máfias na administração municipal.

“O trabalho feito pelo [Mario Vinicius] Spinelli em 2013 e 2014 atacou a grande corrupção. Obviamente que nós estamos atentos a isso. A máfia do ISS [Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza] talvez tenha sido a maior quadrilha que tenha atuado na Prefeitura de São Paulo de todos os tempos. Mas nós também ficamos preocupados com o futuro. Nós precisamos adotar uma política de tolerância zero com a corrupção. E essa política exige um combate à pequena corrupção, aquela de R$ 1.000, R$ 2.000 ou R$ 3.000. A partir dela novos grupos se formam e podem sonhar com golpes mais ousados. Para inibir que isso aconteça nós temos que começar atuar desde já”, afirmou Haddad.

Os agentes possuem formação policial e mais de dez anos de experiência na área de investigação. Com experiência na área de corrupção e capacitados para atuarem em flagrantes, a equipe participou de casos importantes como a Máfia dos Fiscais, Máfia Chinesa e PCC.

Segundo o prefeito, o controlador Roberto Porto está estruturando uma equipe especializada na investigação de pequenos delitos. “Nós precisamos de gente especializada na pequena corrupção. Pessoas que já atuaram nesse tipo de caso, que é típico da cidade”, disse. Estão sendo convidados a integrar a equipe profissionais que já atuaram no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, que tem como função a prevenção e a repressão das atividades de organizações criminosas no estado de São Paulo. “O controlador atual era do Ministério Público e atuou 12 anos no Gaeco. Ele me pediu autorização para convidar estes profissionais porque essas pessoas são muito experientes”, afirmou Haddad.

O secretário municipal Roberto Porto deixou a pasta da Segurança Urbana no início de 2015  e assumiu a Controladoria Geral do Município, posto anteriormente ocupado por Mario Vinicius Spinelli, que foi convidado para trabalhar no governo de Minas Gerais.

Matéria publicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.

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