Sacolinha em São Paulo será padronizada a partir de fevereiro

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, divulgou nesta quarta-feira (7) a regulamentação da lei sobre a distribuição das sacolinhas no varejo da cidade.

A partir de 5 de fevereiro, os estabelecimentos da capital serão obrigados a ter sacos padronizados, que podem ser reutilizados exclusivamente para o descarte de lixo reciclável. As tradicionais sacolas plásticas distribuídas atualmente ficam proibidas.

As embalagens poderão ser doadas ou vendidas pelas lojas, segundo Haddad.

O prefeito diz esperar que a concorrência no setor balize a decisão dos varejistas sobre doar o produto ou cobrar por ele. "Hoje, o supermercado já pode vender. Ele não é obrigado por lei a doar. Eles distribuem pela concorrência entre eles, mas não é a prefeitura que determina."

Haddad disse que as novas sacolas, feitas a partir de material renovável à base de cana e padronizadas na cor verde, serão resistentes.

Elas deverão ter capacidade para carregar até dez quilos, podendo levar três garrafas PET cheias, segundo a autoridade municipal. Também serão impressas instruções sobre descarte consciente.

A sacola padronizada só poderá ser utilizada para a coleta seletiva, ou seja, com lixo seco. O consumidor não poderá usá-la para o lixo orgânico.

Detalhes de interesse do varejo, como a possibilidade de impressão da logomarcas das lojas, serão divulgados pela prefeitura até amanhã.

Procurados para falar sobre o prazo de adequação inferior a um mês oferecido pela prefeitura, o Sindiplast (sindicato da indústria de material plástico) e a Apas (que reúne os supermercadistas) não deram entrevista.

Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, entidade que representa a cadeia do plástico, afirma que o pátio industrial é relativamente adequável, mas que tudo depende das exigências que ainda não foram especificadas.

Por meio de nota, a Apas informou que ainda "analisa o conteúdo da norma para melhor compreensão de seu objetivo, possíveis impactos e a efetividade".

A indústria deve se reunir nesta quinta (8) para também estudar uma melhor avaliação do decreto. Ainda não está decidido se o setor entrará na Justiça contra a medida. 

Matéria originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo

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