Eleições alteram a configuração da Câmara Municipal de São Paulo

Por Artur Rodrigues

A eleição de sete dos 55 vereadores de São Paulo para os cargos de deputado federal ou estadual mudou a configuração das forças dentro da Câmara Municipal.

O presidente da casa, José Américo (PT), foi eleito deputado estadual e o líder da oposição, Floriano Pesaro (PSDB), para deputado federal.

A saída dos dois é vista com alívio por integrantes da gestão Fernando Haddad (PT). Pesaro foi um dos articuladores da oposição ao reajuste do IPTU proposto pelo prefeito e que acabou sendo suspenso pela Justiça.

Já Américo não tem boa relação com parte da equipe de governo de Haddad.

Ainda assim, a bancada do prefeito admite que pode perder um ou dois votos na base aliada, dependendo de como vão se posicionar os parlamentares que assumirão.

Para assumir a presidência da Câmara no lugar de Américo, o nome preferido da gestão é o atual líder do governo na casa, Arselino Tatto (PT).

Também está cotado para disputar o cargo o presidente do diretório municipal do partido, Paulo Fiorilo.

O ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) perdeu força na Câmara, com a eleição de três membros de seu partido para a Câmara dos Deputados e para a Assembleia -sairão Goulart (PSD), Coronel Camilo (PSD) e Marta Costa (PSD).

O primeiro vai para a Câmara e os outros dois para a Assembleia. Do PSDB, também sairá o Coronel Telhada, eleito deputado estadual.

A sétima baixa da câmara é Roberto Tripoli (PV), também eleito para a Assembleia.

No lugar dos vereadores que sairão, devem assumir os cargos Wadih Mutran (PP), Adolfo Quintas (PSDB), Anibal de Freitas (PSDB), Jonas Camisa Nova (DEM), Quito Formiga (PR), Salomão Pereira (PSDB) e Abou Anni (PV).

No próximo ano, a expectativa é que os novos vereadores votem a nova Lei de Zoneamento, cuja revisão começou em setembro deste ano.

Matéria originalmente publicada no jornal Folha de S. Paulo

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