“Brasil corre risco com lixo eletrônico, adverte ONU” – Convergência Digital

 

Os resíduos gerados por produtos eletrônicos descartados crescerão de forma dramática nos próximos dez anos próximos nos países em desenvolvimento, alerta estudo divulgado pela Organizações das Nações Unidas, em Bali, nesta segunda-feira, 22/02, e reportado pela Agência Reuters.

O relatório foi produzido pelo Programa Ambiental das Nações Unidas (Unep). Na Ìndia, alerta o levantamento, o lixo eletrônico deverá disparar em 500% até 2020. Brasil também está inserido nos países com maior incremento na produção de lixo eletrônico.

O lixo eletrônico, termo que reúne resíduos relacionados a celulares, impressoras, televisores, refrigeradores e outros aparelhos, cresce em mais de 40 milhões de toneladas anuais, mundialmente. Toxinas são emitidas quando ele é queimado de forma indevida por sucateiros em busca de componentes valiosos, tais como cobre e ouro.

"A China não é a única a enfrentar um sério desafio. Índia, Brasil, México e outros também poderão enfrentar crescentes danos ambientais e problemas de saúde caso a reciclagem do lixo eletrônico seja deixada aos cuidados aleatórios do setor informal", alertou Achim Steiner, diretor executivo do Unep. O crescimento de lixo eletrônico originado por PCs será de até 400% em países como China e África do Sul.

O estudo, conduzido em parceria com o Empa, da Suíça; com o Umicore, um grupo de materiais especializados; e com a Universidade das Nações Unidas estipula que os Estados Unidos são os maiores produtores mundiais de lixo eletrônico, gerando cerca de 3 milhões de toneladas a cada ano.

A China ocupa um segundo posto bem próximo, com 2,3 milhões de toneladas anuais, e também serve como repositório para o envio de boa parte do lixo eletrônico gerado em outras nações do terceiro mundo, segundo o Empa. O Empa é o instituto de pesquisa de ciência dos materiais e tecnologia, no Instituto Federal de Tecnologia da Suíça. 

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