IRBEM: Satisfação do paulistano com trabalho e consumo diminui em 2014

Fortaleza da capital paulista, o trabalho tem registrado piora, na visão dos moradores, principalmente em relação à renda, aponta pesquisa IRBEM.

Por Fecomercio SP

Todos os indicadores de satisfação de 2014 estão abaixo dos de 2013 (Andrey Popov/Shutterstock)

Ponto forte da cidade de São Paulo, a satisfação do paulistano em relação ao trabalho apresenta piora em 2014, com declínio nas avaliações dos cinco aspectos: renda, condições de trabalho, equilíbrio da atividade com a vida pessoal, perspectiva de futuro/carreria e oportunidades de formação profissional.

As informações são da pesquisa anual Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM) 2014, encomendada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) em parceria com a Rede Nossa São Paulo e realizada pelo IBOPE Inteligência.

O levantamento coleta informações que possam ser utilizadas pelo poder público e pela sociedade civil na formulação de ações que visem o bem-estar das pessoas que moram na capital paulista. Na sua sexta edição, o IRBEM 2014 é de 5,1, em uma escala que varia de um (insatisfação total) a dez (satisfação total).

A área do trabalho recebeu nota média de 5,8, ante 6,1 registrados em 2013. Ainda assim, no ranking composto por 25 áreas, aparece na terceira posição de satisfação geral dos moradores da capital paulista.

A oscilação negativa mais acentuada está no aspecto da renda do entrevistado, que recua de uma nota média 5,8 para 5,3, seguida pela baixa de 6,3 para 5,9 na percepção sobre as condições de trabalho e de 6,2 para 5,8 no equilíbrio entre a atividade e a vida pessoal. Também apresentam baixas a perspectiva de futuro, crescimento e carreira (foram para 6,2 cada item), além das oportunidades de formação profissional, que neste ano tem nota 5,7.

Apesar do recuo na nota de perspectiva de futuro, o item se destaca na pesquisa IRBEM ao ocupar posição de destaque (7º lugar) entre os aspectos que apresentam os maiores níveis de satisfação.

Além de ser a terceira área com maior nível de satisfação para o paulistano, o trabalho também está na mesma posição no ranking de fatores de maior importância para a qualidade de vida, com média 7,6. Assim, o item segue enquadrado como uma das fortalezas da cidade, por ter alto grau de importância e alto grau de satisfação.

Consumo

A satisfação do paulistano com o consumo na cidade chega a uma nota média de 5,3 em 2014. Todos os aspectos que compõem a avaliação dessa área têm notas abaixo das registradas em 2013.

Os entrevistados mostram que a percepção sobre a quantidade consumida em relação às suas necessidades recua para 5,7, incentivo ao consumo moderado e sustentável na cidade (média de 5,2), durabilidade material e cultural dos produtos (5,1) e respeito ao direito do consumidor (4,8).

No grau de importância das 25 áreas analisadas pela pesquisa quanto ao impacto na qualidade de vida em São Paulo, o consumo é o último do ranking. O baixo grau de importância, somado ao alto grau de satisfação coloca o ítem como uma oportunidade na cidade.

A pesquisa IRBEM 2014 foi realizada de 24 de novembro a 8 de dezembro de 2014. Foram entrevistados 1.512 moradores com 16 anos ou mais. O intervalo de confiança da pesquisa é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Matéria publicada originalmente no portal da Fecomercio SP.

 

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