“Para 2014, moradores de seis distritos de São Paulo cobram avanços em serviços públicos” – Folha de S.Paulo

Do Mural, da Folha de S.Paulo
 
Entre casas de alvenaria, paisagens repletas de asfalto, cinza e verde, os moradores de seis diferentes bairros da cidade de São Paulo aguardam a criação de postos de saúde, leitos hospitalares, equipamentos culturais e mais segurança em 2014.
 
No Itaim Paulista, bairro do extremo leste, a cobrança é por avanços no aparelhamento público. “Penso que a Casa de Cultura possa ter recursos próprios para desenvolver as atividades”, diz o arquiteto Mauro Gomes Neto, 30.
 
De acordo com dados da Rede Nossa São Paulo, apenas 1,09% dos centros culturais do município está instalado no distrito. Mesmo assim, o índice é maior do que o verificado em outros 60 bairros paulistanos, que não contam com nenhum equipamento cultural.
 
A inspetora de alunos Licirlene Pociono Lima, 37, também aguarda progresso na Mooca, na zona leste. “Espero que tenhamos melhorias principalmente nas escolas públicas, além da criação de programas culturais voltados à comunidade e projetos aos idosos”, comenta.
 
Na Jova Rural, na zona norte, a expectativa é a construção da primeira Unidade Básica de Saúde. “Moro aqui há 18 anos, mas sempre tenho que me locomover para outros bairros para marcar uma consulta, que demora até três meses”, relata a doméstica Ireni Silva, 68.
 
A promessa é antiga. Desde 2002, o processo tramita na Secretaria Municipal de Saúde, mesmo com um terreno cedido pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), na rua Nilda Carvalho da Cunha, para construção da UBS.
 
Os moradores criaram um abaixo assinado na internet para pressionar a criação do posto e esperam conseguir maior adesão.
 
Morador do Campo Limpo, na zona sul, o advogado Márcio Luiz da Silva, 29, também aguarda avanços em áreas como cultura, saúde e educação do distrito.
 
“O bairro contava com eventos culturais na praça do Campo Limpo com muitos artistas consagrados, mas por falta de segurança não houve mais eventos e o palco foi removido para evitar concentração de moradores de rua”, relembra. “As programações do CEU municipal são mínimas. Não há espaços para lazer e diversão”, ressalta.
 
Silva também espera mais vagas em creches na região e a criação de leitos hospitalares.
 
Levantamento da Rede Nossa São Paulo mostra que o bairro, até 2012, não contava com nenhum leito hospitalar disponível.
 
No Capão Redondo, também na zona sul, o pedido é de mais policiamento. “Desejo mais segurança no bairro, que é um lugar muito bom de viver. Queria que a polícia passasse durante à noite, pois, geralmente, eles passam só durante o dia”, afirma o jornaleiro Márcio Engel, 41, morador do Jardim Germânia.
 
Vendedor ambulante nos arredores dos túneis da Lapa, na zona oeste, Valdemar da Silva, 41, é natural de Pernambuco e está há 14 anos na capital paulista. Durante a semana, é também ajudante de pedreiro, mas cobra reparos na região em que atua como comerciante. “Enquanto a subprefeitura não resolver trabalhar para valer e fazer uma obra aqui, os túneis vão continuar do jeito que estão, com poças de água até em dias que não chove”, conta.
 
Aline Kátia Melo, 30, é correspondente da Jova Rural
@alinekatia
alinekatia.mural@gmail.com
 
Alexandre Ofélio, 44, é correspondente da Mooca
@alexandreofelio
aleofelio.mural@gmail.com
 
Dalton Assis, 25, é correspondente do Capão Redondo
@daltonassis
dalton.mural@gmail.com
 
Patrícia Silva, 25, é correspondente do Campo Limpo
@Patricia_Aps
patriciasilva.mural@gmail.com
 
Rafael Carneiro da Cunha, 24, é correspondente da Lapa
@rafaelccunha
rafaelccunha.mural@gmail.com
 
Vander Ramos, 53, é correspondente do Itaim Paulista
@vander521
vander.mural@gmail.com
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