Incentivo ao uso de bicicletas é uma alternativa

 

Responsável pela mobilização do Dia Sem Carro, no último dia 22 de setembro, o Movimento Nossa São Paulo apresentou seis propostas à Prefeitura para melhorar a mobilidade urbana. Entre elas, a instalação de ciclo-faixas à direita de algumas vias, para ligar os principais parques da Cidade. Isso exigiria também a redução da velocidade máxima permitida nessas ruas e avenidas.

Segundo Mauricio Broinizi, diretor do movimento, o ideal seria que os veículos não passassem de 60 km/h nas vias adjacentes às ciclo-faixas. Nos cruzamentos, para evitar acidentes, a velocidade seria de 10 km/h. Em princípio, as novas "ciclovias" seriam seriam usadas apenas aos domingos.

Outra proposta é aumentar as opções públicas de lazer, cultura e esporte na Cidade, nos fins de semana. "É um absurdo, mas as bibliotecas municipais fecham aos domingos", disse. "Queremos tudo aberto: museus, centros culturais, quadras, CEUS", completou.

E, para levar as pessoas até esses lugares, ônibus de graça. A sugestão do movimento é que as concessionárias de transporte público ofereçam, por meio de uma cota social, transporte gratuito para a população chegar aos equipamentos públicos. "Tudo isso é perfeitamente viável. Não estamos propondo nada que não tenha dado certo em outros países."

Por trás de todas essas sugestões está a vontade de ampliar a proposta do Dia Sem Carro e fazer com que os automóveis deixem de ser prioridade para os paulistanos. A pesquisa encomendada ao Ibope pelo Movimento Nossa São Paulo mostra que 84% dos entrevistados "perceberam diferenças positivas no dia 22 de setembro". Mas a adesão entre os motoristas foi baixíssima: apenas 2% deixaram o carro em casa. "Se o nosso objetivo fosse só esse, podemos dizer que o Dia Sem Carro foi um fracasso. Mas como nossa intenção era conscientizar, foi um sucesso", disse Oded Grajew, presidente do movimento.

Fonte: Jornal da Tarde – 11/10/2007 – CIDADE
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