É preciso tirar o Plano Municipal de Educação do papel

Por Maurício Broinizi, coordenador executivo da Rede Nossa São Paulo e do Programa Cidades Sustentáveis

A falta de vagas em creche é um dos destaques da campanha eleitoral em vigor e, mesmo com a ampliação considerável da oferta pela atual gestão, a cidade ainda não encontrou a saída para equacionar um problema que é também de cunho social. Em 2012, foi criado o Grupo de Trabalho Interinstitucional sobre Educação Infantil, formado por diversas organizações da sociedade e órgãos do poder judiciário. Entre outras ações, o grupo acompanha a decisão do Tribunal de Justiça, de 2013, que determinou a criação de 150 mil vagas em Educação Infantil em São Paulo até 2016.  

O déficit de atendimento imediato e as metas de expansão e de atendimento para os próximos anos já constam no Plano Municipal de Educação de São Paulo (PME), oficializado em setembro de 2015. O documento ainda estabelece um conjunto de metas e diretrizes voltadas à melhoria da qualidade da educação municipal. O que a cidade precisa, agora, é tornar o PME um instrumento efetivo de gestão e iniciar a construção dos planos regionais.

A análise do  cumprimento do Plano de Metas mostra ainda que outra expansão, a da rede  CEU em mais 20 unidades, continuará na pauta do próximo governo – somente um dos 20 equipamentos foi entregue, o CEU Heliópolis. Lembrando que esta é uma demanda insistente dos paulistanos, principalmente dos que vivem nas periferias da cidade.

Artigo originalmente publicado no jornal O Estado de S. Paulo

Compartilhe este artigo