São Paulo cria núcleo de municipalização dos Objetivos do Milênio

Durante o evento, realizado no dia 26/08, foram apresentados indicadores que comprovam o avanço e o cumprimento dos 8 Objetivos.

Por Luana Copini

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e o Núcleo Estadual dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) de São Paulo realizaram, no dia 26/08, o Seminário de Municipalização do Núcleo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da Cidade de São Paulo.

O evento foi realizado na Prefeitura de São Paulo e contou com a presença de representantes do poder público, da iniciativa privada e da sociedade civil organizada. Entre os participantes estavam: Eliana Falque, da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano SP; Fátima Cristina Palmieri, da União Geral dos Trabalhadores; Nancy Alemany, do Instituto Pró-cidadania; Nina Orlow, da Agenda 21 e do GT Meio Ambiente da Rede Nossa São Paulo; Artur Henrique da Silva Santos, da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE) da cidade de São Paulo; Miriam Salete Barreto e Dorian Vaz, assessoras da Secretaria-Geral da Presidência da República; Andrea Bosi, assistente de Programas do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); Gustavo Carneiro Vidigal Cavalcanti, da Secretaria Municipal de Relações Internacionais e Federativas; José Gonzaga da Cruz, diretor Vice-Presidente do Sindicado dos Comerciários de SP; e Ricardo Bacci Acunha, representante do Banco do Brasil.

Eliana, Fátima, Nancy e Nina fazem parte do Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade – Nós Podemos – que, de acordo com o portal, é um movimento de voluntários apartidário, ecumênico e plural que foi criado em 2004 para conscientizar e mobilizar a sociedade civil e os governos para o alcance, até 2015, dos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estabelecidos em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU) em conjunto com 191 países, inclusive o Brasil.

O seminário, promovido pelo Movimento, foi um dialogo para fortalecer o cumprimento dos objetivos e metas dos 8 ODMs. Além disso, foram apresentados indicadores que comprovam o avanço e o cumprimento dos objetivos. Posteriormente, foi criado o Núcleo Municipal dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da Cidade de São Paulo.

Para Andrea Bosi, assistente de Programas do PNUD, os objetivos representam um conjunto de metas mensuráveis e com prazo para serem executadas (até 31 de dezembro). “O papel do PNUD neste contexto é ajudar e coordenar os países na concentração de esforços para que alcancem os ODM propostos. Para isto, estão sendo realizadas capacitações e a criação de uma rede de mobilização em todo o país!”, afirmou Bosi.

Municipalizar os programas para atingir os 8 ODM significa, segundo Dorian Vaz, da Secretaria-Geral da Presidência da República, uma forma de ajudar o Brasil a alcançar todos os indicadores. “O Brasil já atingiu a meta no que diz respeito à extrema pobreza de acordo com os indicadores internacionais. Não conseguimos acabar com ela [a extrema pobreza], mas temos que reconhecer os avanços que fizemos”, disse a assessora sobre um dos objetivos alcançados segundo critérios estabelecidos pela ONU.

A criação do Núcleo Municipal faz parte de uma política de participação social que, de acordo com Gustavo Vidigal, da Secretaria de Relações Internacionais, constrói de forma colaborativa e democrática formas de atingir os ODM localmente: “Isso [prática local e regional] dá visibilidade nacional e internacional para o que fazemos localmente, podendo ser referência e exemplo para outros lugares”.

De acordo com o portal da ONU, 198 municípios brasileiros não só se comprometeram em alcançar e até superar os 8 Objetivos, como também já aderiram a Agenda pós-2015, que consiste em esforços para alcançar um mundo de prosperidade, igualdade, liberdade, dignidade e paz continuada, mesmo após os ODM. Segundo a Organização, já existe um trabalho intenso com governos, sociedade civil e outros parceiros no sentido de aproveitar o impulso gerado pelos ODM para continuar com uma agenda de desenvolvimento pós-2015.

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