SPTrans planeja construir 215 km de corredores de ônibus até 2016

A SPTrans planeja construir 215 km de corredores até o fim do mandato do prefeito Fernando Haddad, em 2016, e outros 346 km até 2028. Se os planos da empresa se concretizarem, a cidade terá então uma rede de 681 km de corredores, mais de cinco vezes a atual (120 km de extensão).

As obras planejadas pela empresa também superam o estipulado pelo governo em seu Plano de Metas, que prevê a construção de 150 km de corredores.

As informações foram fornecidas pela SPTrans no final do ano passado, em resposta a um pedido da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente. A companhia também afirma já ter licitado a construção ou requalificação de sete corredores que, juntos, somam 94,9 km.

Os dados da SPTrans foram citados pelo vereador José Police Neto (PSD) durante a sessão plenária desta quarta-feira (26/2), que foi dominada pela discussão do Projeto de Lei (PL) 17/2014, do Executivo, que propõe o alargamento de diversas vias da cidade para a implantação de 19 corredores.

Police defende que o projeto seja desmembrado em dois. Um conteria só os alinhamentos referentes a corredores que já possuem licença ambiental, deixando os demais para outro PL, que poderia ser discutido depois. “Aqueles [corredores] em que há condição de avançar, porque não há impacto nem prejuízo para a economia local, você avança. Aqueles em que é possível realizar um debate mais aprofundado, dentro do Plano Diretor, você leva para um debate no qual a sociedade participa”, afirmou o parlamentar na tribuna.

O líder do governo, Arselino Tatto (PT), propôs uma reunião entre os líderes partidários para debater a proposição. “Para que não fique nenhuma dúvida em relação à transparência desse projeto, nós não vamos forçar a barra para que se aprove no dia de hoje”, declarou o petista.

Segundo Tatto, a prefeitura está disposta a discutir pontos polêmicos do projeto, como as alterações de alinhamento para a implantação de um corredor na Av. Nossa Senhora do Sabará. Moradores da região temem que as mudanças impliquem em desapropriações, e dezenas compareceram à sessão de hoje para protestar contra o projeto.

Matéria originalmente publicada no portal da Câmara Municipal de São Paulo

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