“Lançado programa que aponta caminhos para cidades sustentáveis” – Jornal Nacional

 

ONGs se inspiraram nas experiências de mais de 600 cidades europeias para construir um plano de cem metas que vão desde a defesa ao meio ambiente ao controle de gastos públicos.

Um programa lançado nesta sexta-feira (19), em São Paulo, aponta caminhos para que governos e sociedade consigam construir, juntos, cidades sustentáveis. O objetivo é traçar planos com base em exemplos bons.

Árvores no chão abriam caminho para os pastos. Há apenas três anos, a cidade paraense de Paragominas era uma das que mais contribuíam para o desmatamento da Amazônia. Paragominas virou o jogo quando autoridades municipais fizeram um acordo com a sociedade e agora eles plantam 10 milhões de árvores por ano.

“Somos o único município da Amazônia com monitoramento por satélite e, mês a mês, a gente valida em campo se houve desmatamento”, garante o prefeito Adnan Demachki

Sem saber, Paragominas foi para lá de moderna. O Programa Cidades Sustentáveis propõe agora algo parecido para todo o Brasil. Organizações não-governamentais se inspiraram nas experiências de mais de 600 cidades europeias para construir um plano de cem metas que vão desde a defesa ao meio ambiente ao controle de gastos públicos. Eles querem arrancar o compromisso do maior número possível de candidatos já nas próximas eleições municipais.

“Nós estamos mostrando como está a situação do município e estabelecimento de metas para serem atingidas ao longo da gestão e prestação de contas anual para a população”, diz Oded Grajew, coordenador da Rede Nossa São Paulo.

A troca de informações entre as cidades é o caminho mais curto para resolver os problemas. Em São Paulo, uma preocupação é que grande parte da água que deveria abastecer a população acaba não chegando às torneiras.

O desperdício já foi maior, mas 26% ainda se perdem por causa de desvios e vazamentos. Tóquio é um bom exemplo: tinha um problema muito parecido e já resolveu. O desperdício de água em Tóquio caiu de 18% nos anos 80 para 3% agora.

Iniciativas como a japonesa e a paraense, pela proposta do Programa Cidades Sustentáveis, vão formar um banco de ideias para semear soluções por todo o Brasil.

Compartilhe este artigo