Doria quer trocar pedras portuguesas por concreto em calçadões do centro

FOLHA DE S. PAULO

As pedras portuguesas dos calçadões do centro de São Paulo podem ser substituídas por concreto a partir de janeiro. O projeto da prefeitura, que ainda tem que ser aprovado pelos conselhos de preservação do patrimônio municipal e estadual, visa diminuir os gastos com manutenção. 

De acordo com levantamento da Prefeitura de São Paulo, o cuidado com o piso se tornaria seis vezes mais barato após a substituição. São 150 mil metros quadrados de calçadão na região.

Segundo Doria, a prefeitura não teria gastos com a troca do mosaico português, que seria bancada por meio de parcerias com a iniciativa privada.

"A contrapartida é a melhora na qualidade do piso para as empresas, principalmente para os bancos e a própria Bolsa [de Valores]. Portanto, não há contrapartida especial a não ser a melhoria da condição de acessibilidade", disse Doria na sexta (17).

As obras custariam até R$ 30 milhões, segundo estimativa da prefeitura.

CALÇADÕES

O debate sobre o funcionamento dos calçadões existe desde setembro de 1976, quando os primeiros foram inaugurados pelo então prefeito Olavo Setúbal. Comerciantes diziam que haveria fuga de lojas e clientes para os shoppings, novidade então. 

Novos terminais de ônibus e estações de metrô mantêm uma circulação estimada em 2 milhões de pedestres por dia, atravessando as ruas para fazer baldeações no sistema concentrado no centro. Garagens subterrâneas previstas não saíram do papel.

Matéria publicada na Folha de S. Paulo.
 

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