Avenida Paulista: Prefeitura afirma que cumpre todas as exigências

Gestão diz que debate está em andamento

Por FELIPE SOUZA, DE SÃO PAULO – Folha de S. Paulo

Por que a Promotoria rejeita fechar a Paulista? Ela diz que um acordo assinado em 2007 com a prefeitura limitou a três por ano os eventos de duração prolongada e com interrupção da via. Além disso, afirma que a audiência pública para debate do assunto foi desorganizada e em local inadequado.

O que a prefeitura diz? Ela afirma que usar a via para lazer é uma política pública, e não um evento privado (alvo do acordo de 2007), que a audiência pública no vão livre do Masp foi bem organizada e divulgada e que atendeu às exigências feitas pelo Ministério Público.

Segundo a prefeitura, a discussão ainda "está em andamento e não houve manifestação definitiva ou anúncio de nenhum dos lados".

Como não houve nenhuma notificação do Ministério Público, a gestão afirma que o processo ainda não terminou.

O município diz ainda que já enviou parte dos estudos de impacto no trânsito e dados exigidos pela Promotoria e que mais informações serão encaminhadas.

O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, chegou a dizer logo após a audiência pública no vão livre do Masp que a expectativa era fechar a avenida para os veículos já no domingo seguinte, dia 27.

A assessoria de imprensa da prefeitura diz que Haddad não tem intenção de "atropelar o Ministério Público".

A administração negou ter feito uma divulgação insuficiente da audiência pública que ocorreu no vão do Masp e afirmou que datas, horários e resultados foram divulgados em todas as subprefeituras da cidade.

A gestão Fernando Haddad disse demonstrar "estranheza" pelos questionamentos da Folha porque avalia que "claramente" essa discussão segue "em andamento", sem posicionamento definitivo de nenhuma das partes.

Segundo a prefeitura, serão apresentados à Promotoria dados e informações sobre todas as vias que podem ser abertas para pedestres aos domingos, com estudos sobre as alternativas para a circulação de veículos no entorno das vias bloqueadas.

A gestão Haddad diz que será incluído também um conjunto de dados assinado por engenheiros com ART (Ata de Responsabilidade Técnica), apresentando as opções de acesso a todos os hospitais das imediações.

A prefeitura afirmou, por fim, que não foi notificada de nenhuma irregularidade ou pedido de esclarecimento sobre a audiência pública no vão do Masp.

Matéria públicada originalmente na Folha de S. Paulo.

 

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