Bicicleta volta a ser mais rápida no Desafio Intermodal de SP

Ciclista levou 20 minutos para percorrer o trajeto de 10km por vias expressas da capital paulista

Por Instituto CicloBR

Pelo nono ano consecutivo o Instituto CicloBR organizou o Desafio Intermodal, em São Paulo. É importante ressaltar que o evento não é uma competição e sim uma aferição para saber qual é o meio de transporte mais eficiente numa grande metrópole.

Onze pessoas saíram da Praça Gentil Falcão na hora do rush em direção a Prefeitura no Centro da cidade. Foram usados os seguintes meios de locomoção: bicicleta por vias rápidas, bicicleta por vias calmas, carro, moto, cadeirante, bicicleta dobrável+metrô, pedestre correndo, pedestre caminhando, skate, ônibus e trem+metrô.

Este ano a grande novidade foi a presença do Secretário Municipal de Transportes, Jilmar Tatto que fez o percurso pedalando por vias calmas. A participação do secretário e de funcionário da Companhia de Engenharia de Tráfego mostra o compromisso do poder público com a mobilidade urbana. Este ano também foi utilizado o ciclomotor elétrico com pedalada assistida. É importante debater o tema das bicicletas elétricas para promover a regulamentação delas. Elas são importantes para pessoas com mobilidade reduzida ou que estão se iniciando nas pedaladas pelas ruas.

O primeiro a chegar na Prefeitura foi o ciclista Ricardo Bruns que utilizou vias expressas para se locomover. Ele fez o trajeto de 10km em 20 minutos. Três minutos depois chegou o motociclista. Em terceiro o ciclista com a bike dobrável que fez a intermodalidade com o metrô fez o percurso em 46 minutos, melhorando o tempo dos anos anteriores. O passageiro de ônibus chegou 6 minutos antes que o motorista de carro. Este ano, o ônibus utilizou as novas faixas exclusivas implementadas pela Prefeitura.

O passageiro que usou o trem e o metrô chegou praticamente junto com o cadeirante que utilizou os mesmos modais. O paratleta da seleção brasileira de canoagem Kal Brynner elogiou a acessibilidade das estações: ¨Tive facilidade para usar os elevadores e acessar a plataforma, mas tive problema com a sinalização.¨

A participante que foi correndo chegou 5 minutos depois que o motorista do carro. O secretário Jilmar Tatto completou o trajeto antes do skatista e do caminhante. Ele elogiou o respeito dos motoristas: ¨Foi um trajeto muito tranquilo. Os motoristas respeitaram. A melhor parte foi o final, onde passamos pela ciclovia da Rua Vergueiro.¨

O CicloBR também leva em consideração o gasto econômico e o quanto a pessoa polui durante o deslocamento. Também é feita uma parceria com a equipe do Doutor Paulo Saldiva da Faculdade de Medicina da USP para saber o quanto a pessoa emite de gás carbônico durante o trajeto. Um equipamento foi deixado com o motorista do carro e com o ciclista por vias calmas. O resultado será divulgado posteriormente.

É possível concluir que a bicicleta não é mais uma alternativa como meio de transporte e sim uma realidade. Por isso é importante investir em estrutura cicloviária para trazer mais ciclistas para a rua. E que existem outros meios de locomoção nas grandes metrópoles mais eficiente que o carro.

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