CEUs terão gestão compartilhada por Cultura, Educação e Esportes

Vinte novas unidades que serão implementadas terão ainda uma nova concepção física, com a integração de equipamentos já existentes de educação, esporte, cultura e saúde

Por Secretaria Executiva de Comunicação da Prefeitura de São Paulo

Os Centros Educacionais Unificados (CEUs) terão gestão compartilhada entre as secretarias municipais de Educação, Cultura e Esportes, Lazer e Recreação. É o que define o decreto assinado nesta sexta-feira (7) pelo prefeito Fernando Haddad. O documento foi firmado no CEU Jambeiro, em Lajeado, na Zona Leste da capital, em meio à cerimônia de comemoração dos 10 anos da inauguração do primeiro CEU, pela então prefeita e atual ministra da Cultura, Marta Suplicy, presente e homenageada na ocasião.

Também participaram da solenidade os secretários municipais César Callegari, de Educação; Juca Ferreira, da Cultura; Celso Jatene, de Esportes e Fernando de Mello Franco, de Desenvolvimento Urbano.

"Em grande medida, nós estamos tentando recuperar a perspectiva da inclusão e da garantia de direitos na nossa cidade. A ideia do CEU nunca foi um escolão. É uma escola, sim, mas é um projeto de intervenção urbana integradora, que permite às pessoas da comunidade terem acesso a bens imateriais indisponíveis para as pessoas de fora do centro expandido da cidade", afirmou o prefeito Fernando Haddad.

"Temos hoje a consolidação de algo que estava faltando. É um trabalho de uma integração mais orgânica, mais cotidiana das áreas da educação, cultura e esporte. Já temos feito isso em grande medida, mas esse decreto consolida de uma maneira orgânica e obrigatória o processo de planejamento, de circulação de possibilidades de modo a permitir que a cidade seja reapropriada pelo cidadão em todas as suas dimensões", afirmou o secretário municipal de Educação, César Callegari.

Homenageada, a ministra Marta Suplicy destacou a mudança de perspectiva que um equipamento como os CEUs traz aos frequentadores. A ministra citou uma apresentação da atriz e mímica brasileira Denise Stoklos, no CEU Butantã, ainda em 2005. "De repente a plateia começou com um ‘zum zum zum’ porque ninguém estava entendendo o que era aquilo. Passaram poucos minutos e as pessoas entenderam que aquilo era uma nova linguagem, que ninguém ali jamais tinha visto. Não se ouvia uma mosca e quando acabou foi uma ovação extraordinária. E todos queriam oficinais, queriam aprender a fazer mímica. É isso que é o CEU: as pessoas terem acesso a novas linguagens, coisas boas e de qualidade", afirmou Marta.

"Estamos retomando o programa inicial não para ficarmos no ponto que foi (deixado), mas acho que temos a obrigação de fazer avançar e fazer com que as ações dos CEUs tenham um significado estratégico na construção de uma nova sociedade no Brasil: de uma educação qualificada e de uma cultura democratizada ao acesso de todos", disse o secretário da Cultura, Juca Ferreira.  

Territórios CEU

Durante o evento, o prefeito afirmou que os 20 novos CEUs previstos em seu plano de governo devem apresentar uma nova concepção, não só administrativa, que recai exatamente sobre a gestão compartilhada, mas também física.

"Em virtude da falta de terrenos, vamos usar os subutilizados CDCs (Clubes Comunidades), recuperá-los, colocar um pavilhão de sala de aula, um auditório, uma biblioteca e repensar a ocupação de segunda à segunda desse equipamento", disse o prefeito Fernando Haddad.

"Isso vai dar novas oportunidades de retomar um programa que havia sido abandonado pela falta de terrenos em São Paulo. Nós reinventamos o programa para resgatar o seu sentido original: de que toda comunidade tem que ter um equipamento de qualidade, bem gerido, para que a educação, a cultura, o esporte e o lazer sejam disseminados por todo o território da cidade", destacou Haddad.

Integração

Os Territórios CEU serão concebidos a partir da integração física e de gestão dos diversos equipamentos municipais existentes. Eles serão caracterizados pela implantação de novos edifícios em centros esportivos existentes, de forma a reutilizá-los e revitalizá-los. Aos já existentes CDCs serão incorporados outros equipamentos de seu entorno por meio de vias e espaços diferenciados. Escolas, centros esportivos, unidades de saúde e equipamentos de cultura, como teatros e bibliotecas, ganharão novos caminhos entre si, de modo que formem um conjunto único.

Essas vias, que deverão agregar a maior parte das intervenções do novo projeto, receberão melhorias no que diz respeito à iluminação, arborização, sinalização e segurança. Prevê-se também a criação de ciclovias para que não só as crianças, mas para que todos os cidadãos possam melhor usufruir os equipamentos e serviços a eles oferecidos pelo poder público.

Matéria publicada originalmente no portal da Prefeitura de São Paulo.

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