“Número de execuções sobe 115% em outubro” – Diário de S.Paulo

Assassinatos não param de subir na cidade e região metropolitana registra mais uma madrugada violenta

Diário SP

Outubro foi ainda mais sangrento que o mês anterior para os paulistanos. A cidade registrou aumento de 115% das vítimas de assassinato comparado com o mesmo período do ano passado.

Nos últimos 45 dias, foram pelo menos 321 assassinatos fazendo com que os moradores da periferia vivam uma rotina de terror. Na madrugada desta quarta-feira não foi diferente. A região metropolitana registrou nove execuções e 12 pessoas foram baleadas. Assim como nos outros crimes, ninguém foi preso.

Só nesse ano, 1.068 pessoas foram mortas na capital.  O número já é 4,8% maior do que o total de assassinatos ocorridos em todo o ano de 2011.

Em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, motoqueiros passaram atirando contra um bar. Guilherme Roberto Dias Caparrão, de 24 anos, Elias Tavares da Silva, de 33, e Wallace Rodrigues dos Santos, de 16, morreram. Um adolescente de 15 anos está hospitalizado.

Em Guarulhos, Grande São Paulo, o perueiro Antonio Edson de Almeida Júnior foi assassinado também por motoqueiros e, pouco depois, quatro pessoas foram baleadas dentro de  um bar em um bairro vizinho. Um dos feridos não resistiu.

No Butantã, Zona Oeste, a vítima foi José Roberto da Silva, de 20 anos, que também estava em um bar com amigos.

Os adolescentes Anderson Oliveira da Silva, de 15, e Igor dos Santos, de 16, foram assassinados em Osasco. Um deles tinha passagem por tráfico.

Em São Caetano e Diadema, no ABC, pessoas foram baleadas, mas  sobreviver.

Ministro compara  SP com a Faixa de Gaza

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, comparou nesta quarta a violência em São Paulo com a situação na Faixa de Gaza.  “Estávamos alarmados com os mortos da Palestina. Porém,  as estatísticas mostram que, só na Grande São Paulo, você tem mais gente assassinada do que nos ataques”, afirmou. O governador Geraldo Alckmin classificou de “infeliz” a afirmação e se recusou a comentá-la.

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