“Jovens paulistanos elegem o 1º conselho municipal de juventude” – Revista Viração


Vania Correia e Nayara Carvalho

Aproximadamente 1000 jovens (1/3 dos que estavam inscritos) foram ao Parque da Juventude, no dia 07 de junho, para escolher seus representantes no primeiro Conselho Municipal de Juventude (CMJ).

No total foram trinta e três candidaturas aprovadas, em doze segmentos diferentes. Os candidatos tinham entre 16 e 29 anos, com exceção dos candidatos no segmento entidades de apoio que podiam ser adultos.

A posse dos conselheiros eleitos e dos indicados pelo poder público acontecerá na primeira quinzena de agosto. A divulgação oficial dos resultados no Diário Oficial só saiu no sábado, 20 de junho, após uma recontagem dos votos realizada pela Coordenadoria da Juventude.

O candidato mais bem votado foi Davi de Souza da Frente de Luta pela Moradia, no segmento Outros com 590 votos, seguido por Alexandre Piero (527 votos) da Pastoral da Juventude, no segmento Diversidade Religiosa e Fabrício Lima da Paz (517 votos) do Partido dos Trabalhadores, no segmento Trabalho, emprego e geração de renda.

Histórico

A lei que criou o CMJ foi aprovada no final de 2007.  A iniciativa da mobilização para aprovação do projeto partiu de organizações, movimentos juvenis e sociedade civil que compõem o GT Juventude do Movimento Nossa São Paulo, Outra Cidade. Foi construído um projeto comum, a partir das propostas da então vereadora Soninha e do vereador Carlos Bezerra. "Com esse processo de eleição um ciclo está se encerrando, o que a gente espera é um conselho que represente a diversidade das juventudes de São Paulo", disse o coordenador do GT, Flávio Munhoz.

O CMJ é um importante instrumento de controle social, acompanhamento, formulação e fiscalização das políticas públicas de juventude. Será composto por 34 conselheiros, sendo 17 membros do governo municipal e 17 da sociedade civil, representando diferentes segmentos juvenis da sociedade. Cada conselheiro tem um mandato de dois anos, com possibilidade de uma reeleição. Para exercer a função de conselheiro não há nenhum tipo de remuneração.

Que Conselho queremos?

São muitas as expectativas em relação ao primeiro conselho de juventude da cidade. A revista Viração perguntou para a galera, no dia da eleição: Que conselho queremos? Confira algumas respostas:

"Que acredite no potencial de todo e qualquer indivíduo, permitindo assim sua participação e voz ativa. E traga como uma das principais pautas as questões sócio-ambientais, pois esta é a bandeira comum a todos seres planetários"

"Que valorize os jovens e suas questões, respeitando a sua diversidade. Que seja mais que um grupo de pessoas, mas sim um espaço de trocas e melhoria da qualidade de vida, principalmente através do empoderamento juvenil".

"Que promova a paz. Que seja transparente, ético e coerente".

"Que garanta os direitos da juventude, tais como cultura, educação, trabalho, esporte, sexuais, entre outros".

Relação dos conselheiros de juventude eleitos

Educação e acesso às novas tecnologias: Jefferson Santana de Camilo – CADESC Cidade Tiradentes

Trabalho, emprego e geração de renda: Fabrício Lima da Paz – Juventude do Partido dos Trabalhadores

Cultura e Arte: Magno Duarte – Comunidade Cidadã

Diversidade religiosa: Alexandre Piero – Pastoral da Juventude

Movimento Estudantil: Ana Letícia Oliveira Barbosa – União Municipal dos Estudantes (UMES)

Qualidade de vida, saúde e meio ambiente:  Danielli Amanda Elias – CEDECA

Esporte e lazer: Guilherme Ruggiero – Grupo de Associações Atléticas Acadêmicas da Cidade de São Paulo (G20)

Deficiência e mobilidade reduzida: Felipe Spadari da Silva – União da Juventude Socialista

Relações raciais e étnicas: Jefferson Rogério da Silva – Articulação Política das Juventudes Negras

Gênero e diversidade sexual: Rodrigo Pierre  de Freitas – Associação da Parada do Orgulho GLBT SP

Outros: Davi de Souza – Frente de Luta por Moradia

Entidade de apoio: Renato Souza de Almeida – Instituto Paulista de Juventude

Entidade de apoio: Gilson da Cruz Rodrigues – União dos Moradores e do Comércio de Educação e acesso às novas tecnologias: Sandra da Costa Machado – EDUCAFRO

Relações raciais e étnicas: Leandro Pereira –  UNEGRO

Qualidade de vida, saúde e meio ambiente: Mariana de Rossi Venturini –  União Brasileira de Mulheres

Cultura e Arte: Gabriel Lischinsky Alves dos Santos – Centro Popular de Cultura 8 de Março

Compartilhe este artigo