“Rede municipal de SP deve mudar ciclos” – O Estado de S.Paulo

 

Mariana Mandelli – O Estado de S.Paulo

A rede municipal de São Paulo deve mudar seu sistema de ciclos do ensino fundamental, a exemplo do que anunciou recentemente o governo do Estado. A ideia é ter três ciclos, cada um com duração de três anos.

A medida está em estudo – a pasta afirma que ainda não há detalhes sobre a mudança, que ocorreria em 2012, como previsto também no Estado.

No início do mês, durante seu discurso de posse, o secretário estadual de Educação, Herman Voorwald, ressaltou a intenção de reestruturar o ensino fundamental, com ênfase na progressão continuada. Entre as propostas está a aplicação de avaliações semestrais e a mudança do número de ciclos – hoje são dois: do 1.º ao 5.º ano e do 6.º ao 9.º ano.

"A medida do Estado é acertada. Mas não é o tamanho do ciclo que define a qualidade da educação", afirmou ontem o secretário municipal de Educação, Alexandre Schneider, durante evento em que apresentou o balanço das metas da área. "Estamos finalizando os estudos, mas é muito provável que a gente tenha três ciclos de três anos."

A ideia é que as mudanças ocorram em conjunto – Estado e município dividem o ensino fundamental e a estrutura das duas redes deve ser a mesma, para facilitar a mobilidade dos alunos.

Bonificação. Schneider também afirmou ontem que pretende implantar um bônus por mérito para os docentes, assim como existe no sistema estadual. "Mas antes de divulgar os detalhes, vamos conversar com a rede. A partir de março, vamos discutir os critérios com eles."

A secretaria também anunciou que pretende implantar, nos próximos dois anos, avaliações bimestrais para todos os anos do ensino fundamental. Com as novas provas, a rede fará, portanto, seis exames por ano – os quatro novos mais a Prova São Paulo e a Prova da Cidade. Segundo Schneider, as novas avaliações não serão, inicialmente, obrigatórias, e devem ser baseadas em conteúdos definidos nas expectativas de aprendizagem das crianças.

Ontem, a prefeitura ainda afirmou que pretende universalizar a pré-escola na rede e lançou um programa de recuperação paralela em Língua Portuguesa e Matemática para alunos com dificuldades de aprendizado.

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