Atendimento à população de rua precisa ser revisto, dizem moradores da Mooca

POR JELDEAN SILVEIRA, DA REDAÇÃO – Câmara Municipal de São Paulo

Para os moradores que participaram da sessão aberta da Mooca no sábado (3/10),  o atendimento a população em situação de rua precisa ser revisto na região.

Segundo a empresária Sueli Lopes, moradora da Mooca há 67 anos, tendas da prefeitura que atendem a população em situação de rua embaixo dos viadutos Bresser e Piratininga trazem insegurança aos moradores. “Além dos assaltos que estão ocorrendo, já tivemos quatro tentativas de estupro. E pelas vestes desses indivíduos que assaltam podemos perceber que são pessoas que vem da tenda. Isso esta trazendo muitos problemas para a Mooca. Esperamos que isso se resolva e que não deixem essas áreas serem invadidas”, afirmou.

“Esses equipamentos sociais para atender moradores de rua precisam de mais atenção da zeladoria do município. Essas tendas tem custo caro para o município e atraem pessoas que se acomodam na região e andam pela rua perturbando e assaltando os moradores. Esta favela que se criou ao lado do Metrô Bresser/ Mooca está instalada sobre os dutos de gás da região, onde usam árvores como varais, acumulam entulho e lixo”, manifestou a professora Antonia Ferreira de Freitas.

O vereador Adilson Amadeu (PTB) disse que está trabalhando para resolver esta situação. “Venho buscando resolver essa situação destinando emendas para essa região. Essas pessoas não têm culpa de estar nessa situação e precisam de tratamento. Eu estive com a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Luciana Temer , e ela prometeu que até o fim de outubro essas pessoas serão encaminhadas para um abrigo que acolherá mais de 800 pessoas por dia com condições melhores”, destacou.

Áreas Verdes

A instalação de um novo parque apara atender o déficit de áreas verdes da região também foi reivindicada.  “A Mooca é uma lugar que precisa dessa melhoria, estamos lutando pelo parque no terreno da Esso, o parque do IAPI, entre outros lugares. Isso fará com que melhore a qualidade de vida neste território, pensando na saúde da população que tem alto índice de doenças respiratórias em função dessa poluição. Então, precisamos desse equilíbrio”, ressaltou a fundadora do Movimento Mooca Verde, Adriana Paula Oliveira Esvebio.

O terreno de 108m² que pertence empresa Esso foi apontado como um dos possíveis espaços para receber o novo parque.  Segundo o vereador Andrea Matarazzo (PSDB), existe interesse da iniciativa privada para o investimento. “Acho que seria o melhor caminho para isso, por que a própria empresa tem interesse em transformar parte do terreno em parque e asseguraria manutenção e vigilância do espaço”, afirmou.

De acordo com o Secretário Municipal de Relações Governamentais, José Américo Dias, todas as demandas levantadas pelos moradores são analisadas e encaminhadas pela secretaria. “Tudo que é levantado no Câmara no Seu Bairro é analisado e levado para as secretarias responsáveis para encaminhamento. As reivindicações que mais se destacam, como a questão da ocupação da Favela do Cimento, no viaduto Bresser, e a preservação das áreas verdes que são ameaçadas pelo interesse imobiliário e que precisamos segurar e impedir que sejam danificadas, tudo isso é discutido diretamente com o Prefeito para pensarmos em soluções”, disse.

A sessão pública presidida pelo vereador Antônio Donato (PT), reuniu cerca de 200 pessoas e também foi acompanhada pelos vereadores Adolfo Quintas (PSDB), Edir Sales (PSD), Mario Covas Neto (PSDB), Marquito (PTB), Ota (PROS), Quito Formiga (PR), Salomão Pereira (PSDB) e Toninho Paiva (PR).

Confira aqui outras informações sobre o programa Câmara no Seu Bairro, incluindo a agenda completa com as próximas sessões a serem realizadas.

Matéria publicada originalmente no portal da Câmara Municipal de São Paulo.

 

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