Vereadores debatem pauta para Conferência Climática Mundial

POR JELDEAN SILVEIRA, DA REDAÇÃO – Câmara Municipal de São Paulo

Os vereadores Ricardo Young (PPS) e Gilberto Natalini (PV) realizaram na segunda-feira (9/11) um encontro com entidades de defesa ao meio ambiente, especialistas em mudanças climáticas e representantes da sociedade civil para discutir expectativas, soluções e dúvidas sobre a COP 21 – 21ª Conferência do Clima das Nações Unidas, que será realizada no próximo mês de dezembro, em Paris.

Os vereadores fazem parte da Comissão Extraordinária Permanente do Meio Ambiente e da Frente Parlamentar de Sustentabilidade da Câmara e irão representar a Câmara Municipal de São Paulo na Conferencia.

A COP 21 terá 197 países reunidos em torno da oportunidade de um acordo internacional para a redução da emissão de gases de efeito estufa e um limite de aquecimento global em 2º C. O Protocolo de Paris substituirá o Protocolo de Kyoto, de 2005, com novas metas e estratégias de redução.

“Acho importante representar São Paulo neste momento, pois existe um retrocesso na participação da cidade nessas discussões. São Paulo já fez parte da secretaria da C-40 (Grupo de Grandes Cidades para Liderança do Clima) e hoje não se ouve falar mais nada sobre essa participação. Iremos levar nosso posicionamento coletivo tirado da 12ª Conferência de Produção Mais Limpa e Mudanças Climáticas – Por uma cidade mais Sustentável, realizada aqui, para mostrar que também estamos conscientes e na defesa do nosso planeta”, disse o vereador Natalini.

O vereador Ricardo Young ressaltou que São Paulo, a 7º cidade mais populosa do mundo, tem uma grande parcela de responsabilidade no clima mundial e que a Conferência é uma oportunidade de trazer a discussão de volta à pauta das políticas publicas. “Nossa esperança de retomar a Lei de Mudanças Climáticas do município, de 2009, e trazer de volta para coração do debate político essa discussão no próximo ano de campanha eleitoral”, afirmou.

De acordo com os especialistas, o acordo que deverá ser firmado na COP 21 será um reflexo da mobilização dos governos e principalmente da sociedade civil. “O que deve ser feito é conhecido e disponível, na agricultura, nas florestas, no aproveitamento de água. Tecnicamente conhecemos o que precisa ser feito, o que falta é força política e recursos. Então, cabe também à mobilização social exercer sua governança”, afirmou o especialista em engenharia ambienta Rubens Born, da Fundação Esquel.

“O que vai acontecer na conferencia pode não ser o mais importante, porque basicamente a ONU é a soma do que todos os governos e sociedades já realizam. Ou seja, o que vai acontecer em Paris é um reflexo dessas ações”, afirmou Pedro Telles, do Greenpeace.

Para a especialista em relações internacionais Luana Maia, da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, o desafio está na mobilização entre os governantes nos bastidores do acordo. “O grande desafio é como de fato conseguir um acordo mundial que limita o aquecimento e seja coerente com a realidade da sociedade. São agentes que nunca conversaram e que agora vão ter que chegar a um acordo onde ambos devem ceder para que as mudanças realmente aconteçam. Todos já entenderam que o aquecimento existe e é prejudicial, mas a essência do acordo esta nos bastidores da mobilização”, disse.

Matéria publicada originalmente no portal da Câmara Municipal de São Paulo.

 

Compartilhe este artigo