Paulistanos atribuem nota 5,1 para qualidade de vida na cidade

Para 82%, é grande o risco da capital paulista ficar sem água. Pesquisa divulgada pela Rede Nossa São Paulo e FecomercioSP revela também que caiu a confiança da população nas instituições.

Por Airton Goes, da Rede Nossa São Paulo

A nota média atribuída pelos paulistanos para os Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM) é 5,1. O índice integra o conjunto de resultados da 6ª edição da pesquisa de percepção que foi divulgada, nesta quinta-feira (22/1), pela Rede Nossa São Paulo e Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Embora a avaliação dos moradores da cidade apresente uma pequena melhora em relação à pesquisa do ano anterior, quando a nota foi 4,8, o índice ainda encontra-se abaixo do valor médio da escala (5,5), que varia de 1 a 10.

O IRBEM revela o nível de satisfação dos paulistanos em relação à qualidade de vida e ao bem-estar em São Paulo. Realizada pelo Ibope, a pesquisa aborda 25 temas, tanto os relacionados às condições objetivas de vida na cidade – nas áreas de saúde, educação, meio ambiente, habitação e trabalho – quanto os ligados a questões subjetivas, como sexualidade, espiritualidade, consumo e lazer.

De acordo com Márcia Cavallari, CEO do Ibope, “o novo levantamento revela também uma queda no nível de confiança [por parte da população] em todas as instituições”. As instituições que os paulistanos menos confiam são: Prefeitura de São Paulo (30%), Tribunal de Contas do Município (27%) e Câmara Municipal (21%).

Pela primeira vez, a pesquisa incluiu questões sobre a crise da água. Para 82% dos entrevistados, é grande o risco da cidade ficar sem água por longos períodos nos próximos meses. Outros 13% consideram o risco pequeno e apenas 3% avaliam que o problema não ocorrerá.

Questionados sobre quem seria o principal responsável pela crise no abastecimento de água na cidade, 42% atribuíram a situação à falta de planejamento do Governo (ou governador) do Estado de São Paulo.  Para 29%, a situação é provocada pela falta de chuvas nas represas, enquanto 15% responsabilizam a falta de planejamento da Sabesp.

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014, com 1.512 pessoas que moram em São Paulo com 16 anos de idade ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Confira aqui os dados completos da pesquisa

Confira também as tabelas do levantamento

Realizado no Teatro Raul Cortez, o evento de lançamento da pesquisa foi aberto por Jorge Duarte, presidente do Conselho de Desenvolvimento Local da FecomercioSP.

“Esperamos que os dados da pesquisa, além de orientar a atuação do poder público e da sociedade civil, possam também contribuir para o desenvolvimento de planos de bairros”, afirmou Duarte.

Oded Grajew, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, destacou que a pesquisa é um instrumento poderoso de planejamento e ação. “O resultado do levantamento diz ao poder público e à sociedade o que fazer para melhorar a qualidade de vida em São Paulo.”

Ele alertou que o atual modelo de desenvolvimento, se não for mudado, irá provocar um grande desastre. “Precisamos encontrar um novo caminho para nos relacionar com o meio ambiente, em especial com a água.”

Ao comentar os resultados da pesquisa, o professor de Ética e Filosofia Política na Universidade de São Paulo (USP), Renato Janine Ribeiro, apontou que a maior insatisfação demonstrada pelos paulistanos é em relação à política. “Se temos notas tão ruins nessa área [transparência e participação política], isso parece influenciar o restante”, avaliou. A nota média atribuída pelos pesquisados para itens relacionados ao tema ficou em 3,1.

"Tudo aquilo que diz respeito à vida mais limitada [família, religião, relações humanas] é a esfera em que nos damos melhor. A esfera do diferente, das diferenças e do convívio político é onde vamos pior", comparou.

Ribeiro também abordou a crise da água em sua análise. Segundo ele, o Estado [de São Paulo] tem tido uma postura muito tímida na questão. “A situação é crítica e preocupante”, registrou.

Presente ao evento, o prefeito Fernando Haddad relatou que as três prioridades da primeira metade de sua gestão foram a renegociação da dívida do município com a União, a ampliação dos recursos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) destinados à capital paulista, por meio de convênios com o governo federal, e a aprovação do Plano Diretor Estratégico da cidade.

Segundo Haddad, esse “tripé” de iniciativas é a base para que a cidade possa ser planejada. “Em São Paulo, se não planejar o longo prazo, você estará rifando o futuro das novas gerações.”

Com as três prioridades cumpridas, ele prevê que a partir de junho deste ano a cidade deverá passar por grandes mudanças. “Hoje, temos R$ 9 bilhões em convênios do PAC para obras, parte já contratada e parte em licitação e licenciamento”, relatou.

Para o prefeito, um dos desafios revelados pela pesquisa é a participação da sociedade. “Essa participação tem que encontrar canais para acontecer”, apontou ele, relembrando algumas ações de sua gestão nessa área, como a criação do Conselho Participativo e de outros conselhos, além das inúmeras audiências públicas realizadas.

Leia também: Rede Nossa São Paulo e FecomercioSP lançam 6ª edição dos Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município

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